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Ericsson paga mil milhões de dólares nos EUA por corrupção

O grupo sueco era acusado de pagar “luvas” em cinco países.
7 Dezembro 2019, 13h10

O grupo de materiais de telecomunicações sueco Ericsson aceitou pagar mil milhões de dólares (904 milhões de euros) no quadro de um acordo amigável, concluído com o Departamento de Justiças dos EUA. O grupo sueco era acusado de pagar “luvas” em cinco países.

“A conduta corrupta da Ericsson envolveu dirigentes de topo, durante mais de 17 anos e em pelo menos cinco países, tudo isto para alimentar os seus lucros”, denunciou Brian A. Benczkowski, diretor do departamento de Assuntos Criminais.

Em causa estão subornos durante vários anos em países como China, Vietname e Djibuti, segundo o departamento de Assuntos Criminais. O valor a pagar pela empresa de origem sueca inclui uma coima de 520 milhões de dólares e outra de 540 milhões de dólares (esta última a pagar ao organismo que rege o mercado nos EUA, a SEC).

De acordo com a Reuters, a empresa admitiu ter conspirado com outras pessoas para violar uma lei de práticas de corrupção no estrangeiro, pelo menos entre os anos 2000 e 2016. Foi detetado que a Ericsson participou num esquema de pagamento de subrnos e falsificação de dados de contabilidade.

“Alguns funcionários em alguns mercados, alguns dos quais executivos nesses mercados, agiram de má fé e de forma consciente falharam na implementação de mecanismos de controlo”, disse o CEO da Ericsson, Borje Ekholm, em uma teleconferência, este sábado.

“Vejo o que aconteceu como um capítulo completamente inaceitável e extremamente perturbador da nossa história”, acrescentou.

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