Logo a seguir ao Brexit, o Partido Nacionalista Escocês (SNP) assumiu uma preponderância inesperada: tendo votado ‘não’ à independência por muito pouco, também votou ‘não’ ao Brexit.
O problema é que o primeiro ‘não’ surgia no pressuposto de que os britânicos votariam ‘não’ ao Brexit – mas eles votaram ‘sim’ na sua maioria (com os eleitores jovens a ficarem preguiçosamente na cama e os velhos a dirimirem os fantasmas dos ‘estrangeiros’). Resultado: o SNP passou a ser o alfobre dos anti-brexiters e assumiu uma posição de relevo na oposição aos conservadores – enquanto os trabalhistas se distraiam com os seus próprios problemas internos.
Nicola Sturgeon, na altura primeira-ministra da Escócia e líder do SNP, tratou de fazer a vida negra aos sucessivos primeiros-ministros britânicos que iam entrando e saindo do número 10 de Downing Street – como se a residência oficial tivesse passado a ser o gabinete de espera de um dentista – sem lhes passar pelo entendimento político que talvez não fosse má ideia antecipar eleições. Boris Johnson (que chegou a ir a voto) foi especialmente visado, e os analistas chegaram a antever que a tentação independentista dos escoceses seria a maior dor de cabeça do patusco líder conservador.
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