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Escola Náutica abre vagas e espera aumento no ingresso de alunos madeirenses

Cursos da Escola Náutica Infante D. Henrique têm empregabilidade superior a 99%, e incluem oferta letiva que dá acesso a profissões com salários brutos anuais entre os 100 mil e os 120 mil euros, diz o presidente da instituição de ensino superior.
21 Julho 2023, 12h25

A Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (ENIDH) abre vagas esta segunda-feira e espera um aumento no ingresso de alunos vindos da Região Autónoma da Madeira. No ano letivo anterior foram 30 e a expetativa é que neste ano escolar sejam mais de 40, indica o presidente da instituição de ensino superior, Vítor Franco, ao Económico Madeira.

O responsável pela instituição revela que isto vem confirmar o aumento no ingresso de madeirenses, que se tem verificado nos últimos 10 anos, na Escola Náutica.

Entre os fatores que justificam este maior fluxo de pessoas a ingressar na escola, vindos do arquipélago, Vítor Franco destaca a “forte tradição marítima” da Região Autónoma da Madeira, para além do “esforço grande” que tem existido na divulgação das carreiras marítimas junto da população da região.

Vítor Franco salienta que esse esforço de divulgação se tem traduzido na divulgação pública de casos de sucesso, de pessoas vindas da Madeira, que passaram pela Escola Náutica, e que atualmente trabalham nos principais operadores nacionais e internacionais do sector marítimo e portuário.

Um dos casos mais recentes foi o de Ana Melim, a madeirense que passou a ser a comandante do navio Rebecca, embarcação pertencente ao Grupo Sousa, grupo empresarial madeirense de referência no sector, que tem que

A isto acresce também as sessões de esclarecimento que têm sido feitas nas escolas da Madeira, sendo a mais recente integrada na participação da Escola Náutica na Madeira Maritime Week.

O presidente da ENIDH destaca que a Escola Náutica oferece “uma excelente perspetiva de futuro” para os seus alunos desenvolverem a sua carreira profissional em Portugal, ou no exterior, num sector que está incluído no ranking das profissões mais bem remuneradas, “com salários brutos anuais entre os 100 mil e os 120 mil euros”, tendo por referência o estudo da ManpowerGroup em janeiro deste ano.

“Considerando os salários médios praticados em Portugal para os licenciados, as profissões marítimas constituem excelentes alternativas muito mais bem remuneradas”, salienta o presidente da ENIDH.

Vítor Franco diz que as licenciaturas em Pilotagem e em Engenharia de Máquinas Marítimas são por norma aquelas que têm um maior número de candidaturas. Licenciaturas como por exemplo Gestão de Transportes e Logística e Gestão Portuária, e Engenharia Eletrotécnica Marítima têm também procura por parte dos madeirenses.

Cursos têm nível elevado de empregabilidade

O presidente da ENIDH diz que o nível de empregabilidade dos cursos de engenharias marítimas, lecionados pela Escola Náutica, atingem os 99,2%, enquanto que os de pilotagem atingem os 98,5%,

“Isso significa, praticamente, pleno emprego. A procura internacional por oficiais da marinha mercante é enorme”, afirma Vítor Franco.

O presidente da ENIDH diz que os alunos da Escola Náutica têm colocação em praticamente todo o Mundo, “o que demonstra a qualidade da formação que é ministrada, num sector onde as competências técnicas são cada vez mais exigentes com a crescente digitalização e automação nos navios”.

Vítor Franco sublinha que os cursos ministrados pela escola estão acreditados pela European Maritime Safety Agency, “sendo a única instituição de ensino superior em Portugal” com esta acreditação.

“Hoje temos antigos alunos a trabalhar em todo o Mundo, tanto no Mar como também em atividades em terra, como seja por exemplo nas sociedades classificadoras marítimas e outras, onde a anterior atividade profissional no mar confere um conhecimento técnico único, que é altamente valorizado. Assim, a ideia de que um curso marítimo obriga a passar a vida no Mar não é correta. Existem inúmeras alternativas profissionais muito bem remuneradas em terra em que a experiência marítima constitui uma mais-valia importante e bem reconhecida no mercado de trabalho, como sejam por exemplo as áreas da gestão da manutenção na indústria, em hotéis, nos portos, em estaleiros navais, etc…”, explica Vítor Franco.

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