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Espanha, França, Reino Unido e Suécia reconhecem Guaidó como presidente interino da Venezuela

Os quatro países anunciaram a sua posição depois de Nicolás Maduro ter recusado o ultimato europeu. Findo o prazo dado pela União Europeia para a marcação de eleições presidenciais, estes governos avançaram com o apoio ao seu principal adversário. Augusto Santos Silva irá “explicar a posição portuguesa de reconhecimento de Juan Guaidó como presidente encarregado de convocar eleições livres e justas na Venezuela” ainda esta segunda-feira.
4 Fevereiro 2019, 09h44

A Espanha, a França, o Reino Unido e a Suécia já anunciaram, esta segunda-feira, que reconhecem Juan Gerardo Guaidó Márquez como presidente interino da Venezuela. A decisão dos quatro governos surge depois de o ainda governante Nicolás Maduro ter recusado o ultimato europeu para convocar eleições. Findo o prazo dado pela União Europeia para a marcação de eleições presidenciais, estes países europeus avançaram com o apoio ao seu principal adversário, o rosto da oposição que se autoproclamou presidente interino da Venezuela no passado dia 23 de janeiro.

Portugal anunciará a sua decisão através de uma conferência de imprensa ao início desta tarde, às 12h00. Em comunicado enviado esta manhã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que o ministro Augusto Santos Silva irá “explicar a posição portuguesa de reconhecimento de Juan Guaidó como presidente encarregado de convocar eleições livres e justas na Venezuela”.

Em Espanha, foi o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que revelou que o ‘país vizinho’ reconhece o presidente da Assembleia Nacional venezuelana como presidente interino da Venezuela. Em conferência de imprensa esta manhã, o líder do governo madrileno pediu a Juan Guaidó para “convocar eleições livres o mais rápido possível” e disse que Espanha irá promover um plano de ajuda humanitária para a Venezuela dentro da União Europeia e das Nações Unidas. “Nas próximas horas, entrarei em contacto com governos europeus e latino-americanos”, explicou, em declarações à imprensa espanhola. “Não vou dar um passo atrás. Pela liberdade, democracia e concórdia na Venezuela”, completou, através de tweet.

A posição do governo britânico Reino Unido surgiu na conta oficial de Twitter do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt. “Nicolas Maduro não organizou eleições presidenciais no prazo de oito dias que nós estabelecemos. Por isso, o Reino Unido e os seus aliados reconhecem a partir de agora Juan Guaidó como presidente constitucional interino até que possam ser organizadas eleições credíveis. Espero que isso nos leve mais perto de acabar com a crise humanitária”, escreveu o chefe da diplomacia britânica, numa publicação no Twitter.

França também reconheceu a “legitimidade para convocar eleições presidenciais” de Juan Guaidó. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, explicou que o governo de França ainda ia “consultar” os seus homólogos. Em entrevista à rádio “France Inter”, o ministro gaulês garantiu que o engenheiro e político venezuelano, do partido Vontade Popular, está “habilitado para convocar eleições presidenciais”.

Após ter expirado o prazo dado pelo bloco europeu ao presidente Nicolás Maduro para convocar nova ida às urnas na Venezuela, sem mudanças, a Suécia também reconheceu como presidente interino o chefe da Assembleia Nacional venezuelana. “Nesta situação, apoiamos e consideramos Guaidó como o presidente interino legítimo”, afirmou Margot Wallström, ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, à estação de televisão pública local “SVT”.

Notícia atualizada às 10h22

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