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Espanha oferece salário de 4.393 euros a médicos portugueses, o dobro do praticado em Portugal

O Sistema de Saúde Público da Galiza está a oferecer salários mais atrativos trabalho para médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar e médicos especialistas em Pediatria. Sindicato Independente dos Médicos (SIM) alerta que degradação do SNS está a ser aproveitada por Espanha que está a oferecer um salário bruto de 4.393 euros.
28 Fevereiro 2019, 15h16

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) revela que que  Espanha está a recrutar médicos em Portugal oferecendo o dobro do salário, alertando que oferta de salário mais atractivo deve-se a degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que está a ser utilizada para captar os médicos especialistas portugueses. Retribuição bruta mínima chega aos 61.500 euros, o que equivale a um salário bruto de 4.393 euros.

“É do conhecimento geral que até há pouco tempo o Serviço Nacional de Saúde português era atrativo para os médicos espanhóis. Hoje a situação inverteu-se. O SNS português deixou de ser atrativo para os médicos espanhóis e Espanha passou a recrutar os médicos especialistas portugueses”, avança o SIM em comunicado.

Este sindicato dá conta de que foi publicado este fim de semana no Diário de Notícias um anúncio de oferta de trabalho para médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar e médicos especialistas em Pediatria para o Sistema de Saúde Público da Galiza, Espanha.

O SIM realça que o salário oferecido por este sistema de saúde regional espanhol aos médicos portugueses é o dobro do salário pago no SNS português. Espanha aproveita assim a degradação do SNS português para captar os médicos especialistas portugueses.

O sindicato salienta a responsabilidade do Governo nesta situação, considerando que “é urgente” o Executivo de António Costa assumir “a necessidade de garantir condições que permitam manter os médicos especialistas no SNS, quer no que diz respeito às condições de trabalho quer quanto às condições remuneratórias”.

“Numa Europa sem fronteiras e extremamente competitiva o SNS só sobreviverá com melhor planeamento de recursos humanos e em conseguir fixar os melhores profissionais”, conclui o SIM.

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