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Espanha: óleo de girassol já ultrapassa vendas de azeite

Os dados do sector mostram uma descida de 17,5% nas vendas de azeite, e um aumento de 24,4% do óleo de girassol. Esta gordura é vista como um substituto do azeite, que viu o seu preço disparar nos últimos anos.
18 Junho 2024, 12h09

A subida do preço do azeite, que atingiu os 68% em 2023, tem levado a uma mudança no consumo de gordura. O óleo de girassol ultrapassou o azeite como a gordura mais vendida em Espanha, de acordo com o “El Economista“.

Os dados da Associação Nacional de Engarrafadores e Refinadores de Azeite (ANIERAC), referentes entre outubro de 2023 e março de 2024, mostram uma descida de 17,5% nas vendas de azeite para 110.477 toneladas, enquanto que as vendas de óleo de girassol aumentaram 24,4% para as 158.574 toneladas.

As vendas de azeite virgem extra caíram, nos primeiros seis meses do ano, até 20,6%, enquanto os azeites virgens desceram cerca de 4,6%, e os azeites suaves e intensos caíram 15% e 17,5%, respetivamente. A atual campanha do azeite, até abril, atingiu as 850.157 toneladas, mais 11% face às estimativas e superior em 28% ao ano anterior.

Em janeiro de 2023, a ANIERAC e a Associação Espanhola das Indústrias e Comércio Exportador de Azeite (ASOLIVA) fizeram um apelo no sentido de existir um trabalho conjunto com o sector para que Espanha mantenha a liderança mundial no azeite.

O diretor-geral da ASOLIVA, Rafael Pico, citado pelo “El Economista” admite que “não podemos [Espanha] permitir uma perda de competitividade” no sector do azeite espanhol, pelo que se deve continuar a trabalhar para manter a liderança mundial. Já o diretor da ANIERAC, Primitivo Fernández, em dezembro, salientou que quem conhece o sector sabe que foram reduzidas significativamente as margens no último ano”.

Essa posição assentou em dados dos governos membros da União Europeia, que indicaram que o preço na origem de compra da azeitona virgem ao produtor passou de 3.357 euros por quilo para os 5.328 euros.

O diretor da ANIERAC salientou que estes dados “são uma prova irrefutável” de que a indústria do azeite “está a fazer um grande esforço” que afeta as suas margens comerciais e que os engarrafadores “estão a fazer tudo para evitar o aumento” do azeite proveniente de outros países.

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