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Estabelecimentos na zona de Santos vão encerrar três horas mais cedo (com áudio)

Os empresários da zona de Santos, em Lisboa, vão encerrar os estabelecimentos às 23 horas, entre quinta-feira e domingo, de modo a controlar os ajuntamentos noturnos, informou esta quarta-feira à Lusa o presidente a Junta de Freguesia da Estrela.
23 Setembro 2021, 09h33

Os estabelecimentos encerrarão, assim, três horas mais cedo que o habitual. Após ter-se reunido com os empresários para discutir a questão da segurança na área do Largo Vitorino Damásio e envolvente do Jardim de Santos, Luís Newton (PSD) explicou que o objetivo do adiantamento do horário de encerramento dos estabelecimentos é criar condições para apoiar o trabalho da PSP e assegurar que não há “ajuntamentos a partir das 2 horas”.

“[…] A forma mais fácil de criar essas condições é assegurar o encerramento dos estabelecimentos a partir de uma hora anterior a esses ajuntamentos. [Os empresários] disponibilizaram-se a fazer um [teste] piloto, para experimentar que esta intervenção só faz sentido ocorrer se contar com o envolvimento da PSP e assim facilitar a sua ação, no âmbito da manutenção da ordem pública e evitar ajuntamentos”, disse o autarca.

De acordo com Luís Newton, as autoridades deverão criar uma área delimitada a partir das 23 horas, porque, esclarece, “é uma hora que ainda não há grandes ajuntamentos” e “que facilita substancialmente a ação da polícia”.

“Nós já enviámos [a ata assinada por 14 entidades] para o Comando Metropolitano [de Lisboa], logo assim que terminou a reunião e obtivemos consenso e a assinatura de todos empresários da zona”, indicou, adiantando que polícia vai ter mais “facilidade em controlar a gestão dos acessos e vedar a possibilidade de existirem ajuntamentos”.

À Lusa, Luís Newton referiu que a autarquia vai disponibilizar uma equipa de fiscais para controlar o encerramento dos espaços na zona. “Esta é, sobretudo, uma medida experimental para tentar perceber se uma solução desta natureza tem eficácia. A verdade é que continuamos a assistir diariamente a ajuntamentos, situações de conflito na via pública e que tem originado inclusivamente feridos”, alertou.

Destacando o “ato de sentido cívico” dos empresários, depois de terem sofrido com quebras na faturação no último ano e meio, Luís Newton sustentou que com as pessoas mais dispersas é “mais fácil manter a ordem pública”.

Segundo o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, tem havido na zona ajuntamentos de “três ou quatro” mil pessoas.

Nas últimas semanas, Lisboa tem registado situações de criminalidade violenta em contexto de diversão noturna, nomeadamente no Bairro Alto, Cais do Sodré e Santos, com ocorrências de esfaqueamentos.

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