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Rui Rio: “As crianças têm de ter aulas e os jovens têm de estudar”

“Temos de o fazer agora de uma forma diferente daquilo que foi feito em abril ou março, na exata medida em que a economia portuguesa não pode parar. Não podemos parar da mesma maneira porque manifestamente não é possível”, garantiu Rui Rio
  • Flickr/PSD
28 Agosto 2020, 11h58

O líder do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, espera ver “medidas adaptadas às novas circunstâncias” e demonstrou preocupação com o início do novo ano letivo depois de uma reunião com os Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva, na quinta-feira, 27 de agosto.

“Aquilo que, naturalmente, neste momento me preocupa é a forma como o Governo vai resolver o problema do reinício das aulas, que é efetivamente complicado”, admitiu Rui Rio ao comentar a decisão do Governo sobre o Estado de contingência. O líder do PSD recordou que “as crianças têm de ter aulas e os jovens têm de estudar”.

Para que isso possa acontecer, o país terá de tomar “medidas no sentido de conter a pandemia”, mas tendo em conta que o país “não aguenta” a repetição das medidas de março, apontou o presidente do PSD. Medidas essas que passam pela lenta propagação da pandemia, “para que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) seja capaz de dar uma resposta controlada”, referiu Rui Rio.

“Temos de o fazer agora de uma forma diferente daquilo que foi feito em abril ou março, na exata medida em que a economia portuguesa não pode parar. Não podemos parar da mesma maneira porque manifestamente não é possível”, destacou o social-democrata.

A 21 de agosto, a Fenprof pediu a intervenção dos grupos parlamentares e de órgãos internacionais para assegurar a aprovação das medidas de segurança que considera fundamentais para a abertura do ano escolar. Em comunicado, a federação dos professores lamentou a falta de reuniões com a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e o Ministério da Educação sobre a preparação do próximo ano letivo, face às preocupações dos docentes com a situação da pandemia da Covid-19.

Na missiva enviada às redações, a Frenprof pedia ainda que fossem obrigatórios testes de despistes prévios à doença, a revisão da idade a partir da qual é obrigatório usar máscara em espaços fechados e uma maior proteção para os grupos de risco, que inclui docentes, auxiliares e alunos.

A 30 de junho, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, um investimento 125 milhões de euros na escola pública para o próximo ano letivo com o objetivo de  “reforçar as escolas de docentes e não docentes e técnicos superiores, como psicólogos e assistentes sociais”. O investimento tinha como objetivo o reforço de assistentes operacionais e assistentes técnicos.

Em agosto, o Ministério da Educação, destacou que as aulas seriam em modo maioritariamente presencial, apontava ao jornal Público que uma das alternativas seria colocar os alunos do 1.º ciclo com aulas só de manhã ou só à tarde, uma alternativa que as escolas deverão ter em conta  “em casos muito excecionais, devidamente justificados e desde que exista acordo entre todas as partes”.

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