O Governo e o sector público reduziram os prazos de pagamento aos fornecedores em 9,7%, para uma média de 65 dias em 2024 (72 dias no ano passado). Por outro lado, a maioria dos sectores da economia portuguesa não conseguiram fazer baixar os tempos médios.
De acordo com os dados do estudo EPR2024 Portugal, desenvolvido anualmente pela Intrum, só o Governo e sector público e a construção fizeram diminuir os prazos de pagamento. No caso desta última área, demorou em média menos quatro dias a pagar do que no ano anterior (57 dias no presente ano).
Em simultâneo, registam-se de forma muito frequente prazos de pagamento acima do que seria ideal, de tal modo que o sector farmacêutico, medicina e biotecnologia regista um prazo abaixo da meia centena de dias (com um período médio 49 dias).
A área dos transportes e logística regista o maior tempo médio, em 75 dias (mais 15,3% do que em 2023), seguida pela energia e utilities, que atingiu os 70 dias. O maior aumento homólogo observa-se no sector dos seguros, com um aumento de 51,2% nos prazos de pagamento, de 41 para 62 dias.
Importa lembrar que o Tribunal de Justiça da União Europeia condenou Portugal na semana passado pelo incumprimento da diretiva europeia no que respeita os atrasos de pagamentos nas transações comerciais. Esta diretiva declara que os Estados-membros devem fazer o pagamento a 30 dias.
Em antecipação a esta condenação, o Governo já tinha anunciado o plano ‘Estado a pagar em 30 dias”, uma medida prevista no Programa do Governo e lançada em Conselho de Ministro no âmbito do pacotão “Acelerar a Economia”.
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