O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos disse esta quinta-feira que vai impor sanções a alguns responsáveis de Mianmar e que tinha como alvo oito pessoas, incluindo o ministro da Defesa, três empresas do setor das pedras preciosas, e atualizou as sanções contra os dois principais oficiais militares, acusando-os de desempenhar um papel importante no derrube do governo democraticamente eleito.
Mas Washington não incluiu toda a Myanmar Economic Holdings Limited (MEHL) e a Myanmar Economic Corporation (MEC), os conglomerados militares que prevalecem na economia de Mianmar.
O presidente Joe Biden aprovou uma ordem executiva para novas sanções aos responsáveis pelo golpe em Mianmar que destituiu o governo liderado por civis e deteve a líder eleita e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.
“O golpe foi um ataque direto à transição da Birmânia para a democracia e o Estado de Direito”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em comunicado. “Também estamos preparados para tomar medidas adicionais caso os militares não mudem de curso. Se houver mais violência contra manifestantes pacíficos, os militares birmaneses descobrirão que as sanções de hoje são apenas as primeiras”, acrescentou.
O comandante das forças armadas de Mianmar, Min Aung Hlaing, e o vice-comandante, Soe Win, são dois dos responsáveis que Biden colocou na ‘lista negra’. Ambos foram anteriormente alvo de sanções em 2019 por causa de acusações de abusos contra os muçulmanos rohingya e outras minorias. Outros componentes da lista são seis membros do Conselho de Defesa e Segurança Nacional e quatro oficiais militares, incluindo o ministro da Defesa Mya Tun Oo.
A Casa Branca disse que as sanções impostas na quinta-feira não são permanentes, exortando os militares de Mianmar a “restaurar imediatamente o poder ao governo eleito democraticamente, acabar com o estado de emergência, libertar todos os detidos injustamente e garantir que os manifestantes pacíficos não sejam enfrentados violência”.
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