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Estados Unidos podem explorar terras raras no próprio país

Segundo a investigadora Elisabeth Braw, há uma opção para os Estados Unidos reduzirem a sua dependência a outros países para obter minerais raros, a reciclagem. “O lixo eletrónico está a crescer rapidamente porque todos nós temos mais dispositivos eletrónicos e substituímo-los cada vez com mais frequência”, explicou a investigadora ao jornal ‘El Economista’.
EUA
10 – Estados Unidos
14 Abril 2025, 13h42

Desde que assumiu funções como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump mostrou-se interessado na exploração de terras preciosas de outros países, nomeadamente da Gronelândia e da Ucrânia.

O presidente norte-americano ofereceu um acordo à Ucrânia, onde o país compensava os Estados Unidos pela ajuda militar com a exploração de minerais e terras raras do país. Já o interesse demonstrado pela Gronelândia, também gira em torno destas terras e da defesa nacional.

Este interesse deve-se ao desejo do presidente de aumentar a produção de minerais essenciais nos Estados Unidos, uma vez que estes são essenciais para o desenvolvimento tecnológico.

Contudo, segundo a investigadora Elisabeth Braw, há outra opção para os Estados Unidos reduzirem a sua dependência a outros países para obter estes minerais, a reciclagem. “O lixo eletrónico está a crescer rapidamente porque todos nós temos mais dispositivos eletrónicos e substituímo-los cada vez com mais frequência”, explicou a investigadora ao jornal ‘El Economista’.

Os dados revelam que o lixo eletrónico descartado em 2022 continha 31 milhões de toneladas métricas de metais, 17 milhões de toneladas de plásticos e 14 milhões de minerais, vidro e outros materiais reutilizáveis. Contudo, as estimativas apontam que apenas 19 milhões de toneladas tenham sido recicladas.

O lixo eletrónico dos Estados Unidos chega a sete milhões de toneladas anuais, com apenas as peças mais fáceis de descartar, como o ferro, a serem recicladas. As restantes vão para aterros que podem contaminar solos e água.

“Se os Estados Unidos pudessem controlar as terras raras encontradas em casa e em lixeiras, podiam reduzir drasticamente a sua dependência da China e criar empregos no país. E não iam precisar de fazer acordos de terras raras”, referiu a investigadora.

Contudo, a investigadora reconhece que a reciclagem de terras raras é extremamente difícil e, por sua vez, comercialmente pouco atrativa, o que faz com que ainda não se realize em larga escala.

“Mas extrair minerais raros de equipamentos descartados, não deve ser mais difícil do que extraí-los de rochas remotas inexploradas na Ucrânia”, afirmou.

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