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“Estamos agora ainda mais confiantes de que vamos atingir todas as metas principais”, diz CEO da EDP

Em teleconferência com os analistas, António Mexia disse que o fecho financeiro da venda de seis barragens em Portugal irá acontecer no segundo semestre, mas adiantou que a empresa tem continuado, em paralelo, à procura de opções complementares para alienações de ativos hídricos. “Estas opções poderão ainda ser consideradas, nomeadamente em relação a outros ativos na Ibéria ou oportunidades de realinhamento de ativos no Brasil”.
André Kosters/Lusa
21 Fevereiro 2020, 13h01

A EDP – Energias de Portugal teve vários desenvolvimentos positivos em 2019, que aumentaram a confiança da Comissão Executiva sobre o cumprimento das metas estabelecidas no último Strategic Update, afirmou esta sexta-feira António Mexia, CEO da empresa.

A energética reiterou o guidance apresentado em Londres em março do ano passado, incluindo um EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de cerca de 3,7 mil milhões de euros este ano e 4 mil milhões em 2022, e lucro líquido recorrente de cerca de 900 milhões de euros em 2020, com vista a uma subida para mil milhões em 2022.

A EDP anunciou esta quinta-feira uma queda de 1% nos lucros para 512 milhões de euros em 2019, face a período homólogo, penalizado por one-offs, nomeadamente uma imparidade de 94 milhões de euros pela quebra da rentabilidade de centrais a carvão e uma provisão de 59 milhões no projeto de barragem do Fridão.

Já o lucro recorrente subiu 7% para 854 milhões de euros refletindo a subida de 12% do EBTIDA para 3.706 mil milhões, contribuições sólidas para o crescimento vindas das três plataformas de negócio – as renováveis, a atividade de redes e os serviços a clientes e gestão de energia.

“Tivemos vários desenvolvimentos positivos em 2019”, referiu Mexia, numa conference call com analistas. “E posso adiantar que estamos ainda mais confiantes que vamos atingir todas as metas principais”.

“Estamos muito focados em cumprir o nosso plano estratégico. 2019 foi um ano excepcional pois cumprimos em todas as frentes, e também neste ano já estamos a mostrar que a nossa estratégia em sermos dos primeiros a avançar na transição energética é acertada”, adiantou.

“Temos sido muito pragmáticos ao decidirmos provar ao mercado que conseguimos entregar o pipeline, mostrar que é possível financiar isso através de rotação de ativos, demonstrar que não estamos emocionalmente presos a nenhum ativo, mas sim a um portólio equilibrado e a venda [de barragens] na Ibéria mostra isso”, sublinhou.

A 19 de dezembro a EDP que acordou a venda de um portefólio de seis centrais hídricas em Portugal ao consórcio de investidores formado pela Engie (participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova – Grupo Natixis (25%), numa transação de 2,2 mil milhões de euros.

“O fecho financeiro da transação irá acontecer no segundo semestre e tudo está a decorrer de acordo com o plano”, explicou Mexia, reiterando que a empresa tem continuado, em paralelo, à procura de opções complementares para alienações de ativos hídricos grandes. “Estas opções poderão ainda ser consideradas, nomeadamente em relação a outros ativos na Ibéria ou oportunidades de realinhamento de ativos no Brasil”.

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