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Estará a Noruega a “perder o amor pelo petróleo”? Recusada exploração a arquipélago no Ártico

A indústria petrolífera é contra a decisão da proibição de extração do petróleo, mas os ambientalistas apoiam o Parlamento e dizem que “é preciso coragem e visão para fazer frente a uma mudança no sistema”.
11 Abril 2019, 15h07

A Noruega retirou o seu apoio à exploração das ilhas Lofoten, no Ártico. Esta decisão do Parlamento norueguês está a ser encarada como um duro golpe para a indústria petrolífera que se fixou no país.

Segundo o ‘The Independent’, estima-se que esta reserva possa compreender uma quantidade “até três mil milhões de barris de petróleo no fundo do mar do arquipélago de Lofoten”.

A ‘Oilprice’, que se dedica à energia, afirmou que os “ambientalistas e pequenos partidos na Noruega estão contra qualquer intromissão com a beleza natural das ilhas Lofoten, Vesteralen e Senja”, que são consideradas maravilhas naturais do país escandinavo.

O maior partido norueguês decidiu “retirar o seu apoio à exploração de petróleo no mar, de forma a criar uma maioria sólida no Parlamento para manter a área em questão fora dos limites de perfuração”, declarou a ‘Bloomberg’. Os legisladores garantiram que a decisão reflete “uma mudança no apoio à política dentro do partido”.

Ainda que a decisão tenha sido aplaudida pelos ambientalistas, o partido pode estar em apuros com os apoiantes históricos da indústria do petróleo. A associação SeaLegacy admitiu que “é preciso coragem e visão para fazer frente a uma mudança no sistema. A proteção contra a perfuração e exploração de petróleo em Lofoten, no norte da Noruega, deve servir como um exemplo para o resto do mundo”.

O ‘The Independent’ noticiou que a Noruega “atualmente bombeia mais de 1,6 milhões de barris de petróleo por dia para as suas operações no exterior”. A ‘Bloomberg’ garante que esta mudança de paradigma pode significar que “o maior produtor de petróleo da Europa Ocidental está a perder o amor pelo petróleo”.

Esta decisão pode vir a gerar medo nos setores do petróleo e do gás, que podem ver a solução na expansão para offshores. O presidente da Associação do Petróleo e do Gás da Noruega, Karl Schjott-Pedersen, admitiu que o setor ficou “surpreso e desapontado” com a proibição porque “não providencia a previsibilidade de que dependemos”.

 

 

 

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