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Estudantes do Politécnico de Leiria vencem TecStorm com drone aquático que monitoriza a qualidade da água

Equipa da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPL foi a primeira de um politécnico a qualificar-se para a competição e a vencê-la. O AquaLab, que desenvolveram, consiste num drone aquático projetado para medir e monitorar a qualidade da água em tempo real.
11 Abril 2025, 19h21

AquaLab é o nome do projeto desenvolvido por Gonçalo Ferreira, Guilherme Cruz e Dinis Roxo, alunos da licenciatura em Engenharia Informática, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Leiria, que conquistou o primeiro lugar do TecStorm, hackathon que une a tecnologia ao empreendedorismo.

A equipa da ESTG foi a primeira de um instituto politécnico a conseguir qualificar-se para a competição e a conquistar o primeiro lugar. Aconteceu na 9.ª edição do evento, que juntou, em Lisboa, no final de março, equipas do país para desenvolver soluções tecnológicas inovadoras em apenas 24 horas.

“O AquaLab consiste num drone aquático projetado para medir e monitorar a qualidade da água em tempo real. Está equipado com sensores que capturam dados como temperatura da água, temperatura ambiente, humidade relativa do ar, pH da água, turbidez e um sistema de telemetria de imagem via rádio, oferecendo uma visão abrangente da saúde dos ecossistemas aquáticos”, explicam Gonçalo Ferreira, Guilherme Cruz e Dinis Roxo.

Desenvolvido numa abordagem multidisciplinar, o projeto combina robótica, eletrónica e análise de dados. A estrutura do drone aquático foi inspirada no modelo catamarã para maior estabilidade na água e os sensores foram escolhidos com base na sua precisão e confiabilidade para monitoramento ambiental. A transmissão de dados é realizada via rádio, tendo sido criada uma plataforma online que apresenta as informações aos utilizadores em tempo real.

“Permite ainda a captação de imagem em tempo real a partir de uma câmara e dispõe ainda de um sistema de luzes para a respetiva localização de segurança em ambientes noturnos. A plataforma web consome e gera gráficos em tempo real de todas as informações recolhidas pelo drone. Esses gráficos geram relatórios inteligentes, que podem ser exportados para pdf e enviados para o e-mail do cliente”, explicam os estudantes, acrescentando que o AquaLab pode ser utilizado por instituições de ensino, empresas, organizações, entusiastas da robótica e qualquer indivíduo.

De acordo com os estudantes, a inspiração para o AquaLab partiu da “crescente necessidade de monitoramento ambiental em tempo real, especialmente em relação à qualidade da água. Com a crescente poluição e os impactos ambientais nas fontes de água, o projeto procura criar uma solução acessível e eficiente para monitorar os ecossistemas aquáticos e fornecer dados cruciais para pesquisadores, educadores e organizações ambientais”.

Acerca do futuro do AquaLab, a equipa explica que continuará a trabalhar na melhoria da precisão dos sensores e na estabilidade do drone, além de expandir as funcionalidades da plataforma online.

“Planeamos ainda expandir o uso do AquaLab para diferentes contextos, incluindo pesquisa científica, educação e parcerias com organizações ambientais. Além disso, realizaremos mais testes em rios, lagos e oceanos, para garantir a eficácia do AquaLab numa variedade de condições”, concluem os estudantes.

Organizado pela JUNITEC, uma empresa júnior do Instituto Superior Técnico, o TecStorm visa incentivar o empreendedorismo jovem e o desenvolvimento de ideias capazes de gerar impacto na sociedade, destinando-se a todos os estudantes do ensino superior.

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