Os membros do “ISTrain”, primeiro núcleo de estudantes ferroviários da Península Ibérica, mostraram, esta sexta-feira, como pretendem desenhar e colocar em competição a “Andorinha” – a sua primeira locomotiva elétrica – ainda em 2025/2026.
O Instituto Superior Técnico foi esta sexta-feira berço do ISTrain, o primeiro núcleo de estudantes universitários da Península Ibérica dedicado ao desenvolvimento de protótipos ferroviários.
Os estudantes apresentaram o seu primeiro protótipo, batizado como Loco01 “Andorinha” em homenagem à mais antiga locomotiva a vapor da CP, que começará a ser produzida em novembro para participar em competições internacionais ainda durante este ano letivo.
O protótipo encontra-se na fase final de design técnico e a sua produção física terá início em novembro. “Com o apoio dos nossos parceiros, marca o primeiro passo do núcleo na materialização do seu grande objetivo: levar o Técnico a competir no IMechE Railway Challenge” no Reino Unido, explica Aliya Ibrahimo, estudante de mestrado em Engenharia Mecânica e presidente do ISTrain.
Esta competição apresenta duas vertentes: a categoria Entry Level, onde se submete apenas o modelo CAD da locomotiva (cumprindo todos os requisitos definidos), e provas adicionais, como o Business Challenge. Para além disso, cada equipa deve escolher um subsistema da locomotiva e apresentá-lo em maior detalhe.
“A abraçar a missão de construir um modelo de locomotiva elétrica com 0.8 metros de altura, 0.6 de largura e 2.70 m de comprimento estão mais de 20 estudantes do Técnico, ‘unidos pela mesma paixão pelos comboios’”, revela Aliya Ibrahimo.
“Acreditamos que o Núcleo acrescenta algo de novo ao Técnico, proporcionando aos alunos a oportunidade de explorar uma área pouco abordada nos seus cursos, o setor ferroviário. Enquanto a formação académica tradicional se centra nas disciplinas de base, o ISTrain vem complementar esse conhecimento e fomentar um entusiasmo comum: o gosto por comboios”, acrescenta.
No seu site oficial, a equipa do ISTrain defende que “o futuro da mobilidade sustentável encontra-se sobre carris e que a inovação em Portugal e no mundo começa nas universidades e através dos estudantes, procurando, nas suas iniciativas, complementar a formação académica com a experiência prática em sistemas ferroviários”.