Estudo da Intrum alerta para importância da literacia financeira para o bem-estar económico

A Intrum, empresa que possui serviços de gestão de crédito, alerta para a necessidade de reforçar a literacia financeira, considerando que esta é uma “competência essencial” para o bem-estar económico e social dos portugueses.

O estudo European Consumer Payment Report 2024 (ECPR 2024), desenvolvido pela Intrum, diz que a população portuguesa enfrenta “desafios significativos” na gestão de dívidas de curto prazo, “evidenciando a importância de intervenções educativas” nesta área.

“O estudo revela que 59% dos portugueses admitem ter dívidas de curto prazo, sendo que 9% dos inquiridos neste estudo revela não efetuarem qualquer pagamento mensal, atitude que pode levar a um agravamento do endividamento”, salientou a Intrum.

Este estudo refere ainda que a Geração Z (18-24 anos) é aquela que apresenta a maior percentagem de indivíduos que não pagam as suas dívidas mensais (12%), enquanto que 26% dos Millennials (25-39) anos diz que só consegue pagar entre 1% e 10% das suas dívidas de curto prazo.

“9% dos portugueses pertencentes à Geração X (40-54 anos) diz que não faz qualquer tipo de pagamento mensal para saldar as suas dívidas e 24% paga apenas entre 1% e 10% das suas responsabilidades financeiras. Os Boomers (55-64 anos), são a geração que demonstra maior capacidade de liquidação das suas dívidas, com 7% a pagar mais de 75% das suas responsabilidades e aqueles que apresentam uma maior percentagem de indivíduos sem dívidas de curto prazo (52%)”, diz o estudo.

O diretor-geral da Intrum, Luís Salvaterra, refere que, no âmbito das celebrações do Dia Internacional da Educação, a organização “reforça a importância de capacitar as pessoas com ferramentas que lhes permitam tomar” decisões financeiras informadas.

“A educação financeira é um dos pilares para construir uma sociedade mais resiliente e economicamente equilibrada. Os dados do ECPR 2024 demonstram que, embora uma parte significativa da população portuguesa consiga manter-se afastada de dívidas de curto prazo, há ainda muitos que enfrentam desafios na sua gestão. Este cenário evidencia a necessidade de uma maior aposta na literacia financeira, de modo a que seja integrada como um pilar essencial na educação, desde cedo, para ajudar a prevenir situações de endividamento excessivo”, acrescenta o diretor-geral da Intrum.