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EUA: Joe Biden desiste das eleições presidenciais

Depois de vários dias de forte pressão do seu próprio partido – nomeadamente de Barack Obama – o ainda presidente aceitou deixar o palco para alguém mais novo. Provavelmente Kamala Harris – mas Biden não o disse.
21 Julho 2024, 19h02

É oficial: o presidente Joe Biden já não vai ser o candidato democrata às próximas eleições presidenciais de novembro. O ainda presidente acabou por ceder às fortes pressões que vinham do seu próprio partido. Quando, na passada semana, o antigo presidente Barack Obama se juntou aos cerca de 30 congressistas democratas que pediam publicamente para que Biden se retirasse – ficou claro que uma decisão nesse sentido estaria por dias. Ainda assim, Biden foi dizendo que não desistia, mas cada vez com menos empenho. O facto de alegadamente ter contraído Covid também não ajudou. Com alguns analistas a considerarem que a doença era apenas uma forma de retirar Biden de debaixo dos holofotes, o certo é que a própria doença era mais uma evidência da sua debilidade. Para todos os efeitos, é mais uma derrota clara para os democratas – que assim ficam cada vez mais longe de permanecerem na Casa Branca.

O ainda presidente terminou assim a sua campanha de reeleição este domingo, depois de muitos democratas terem perdido a esperança na sua acuidade mental e capacidade de derrotar Donald Trump, deixando a corrida presidencial em território desconhecido. Num post na rede social  X, Joe Biden disse que permanecerá no seu lugar como presidente e comandante-em-chefe das Forças Armadas até que o seu mandato termine, em janeiro de 2025 e discursará aos norte-americanos ainda esta semana.
“Foi a maior honra da minha vida servir como presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu renuncie e me concentre apenas em cumprir os meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden.
O anúncio de Biden segue uma onda de pressão pública e privada de congressistas democratas e funcionários do partido para abandonar a corrida após o seu desempenho num debate televisionado no mês passado contra o rival republicano Donald Trump.

 

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