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EUA dizem estar preparados para “responder” a uma invasão russa da Ucrânia

“Estamos preparados para fornecer à Ucrânia mais ajuda para defender o seu território e responder a uma potencial ocupação russa nas próximas semanas”, declarou um alto responsável da Administração norte-americana, numa conferência de imprensa telefónica.
29 Dezembro 2021, 21h52

O Presidente norte-americano, Joe Biden, sublinhará na quinta-feira ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que os Estados Unidos estão preparados para a diplomacia, mas também para “responder” se a Rússia invadir a Ucrânia, indicou hoje a Casa Branca.

“Estamos preparados para fornecer à Ucrânia mais ajuda para defender o seu território e responder a uma potencial ocupação russa nas próximas semanas”, declarou um alto responsável da Administração norte-americana, numa conferência de imprensa telefónica.

A Casa Branca também revelou que a chamada telefónica que se realizará na quinta-feira entre Biden e Putin para falar sobre a situação na Ucrânia ocorrerá a pedido expresso de Moscovo.

“Esta chamada foi agendada depois de a parte russa a ter pedido”, indicou o alto responsável norte-americano.

Alguns minutos antes, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Emily Horne, tinha anunciado esse telefonema e recordado que Biden continua a manter conversas e consultas com os seus aliados para encontrar uma resposta comum para o aumento da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia.

Na conferência de imprensa, a Casa Branca adiantou que Biden “deixará claro” a Putin que os Estados Unidos estarão sempre ao lado dos seus aliados na região – numa clara referência à Ucrânia – e que não aceitarão nada sobre países terceiros amigos sem que estes participem nas conversações.

A conversa telefónica de Biden e Putin decorre 23 dias depois da videoconferência que mantiveram, na qual o chefe de Estado norte-americano advertiu de que responderá a um eventual ataque da Rússia à Ucrânia com fortes medidas económicas, que poderão incluir “a suspensão” de um gasoduto russo, além do reforço da defesa no flanco oriental da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte).

Putin, por seu lado, insistiu então, e nos dias posteriores, que é a NATO, e não a Rússia, a responsável pela atual tensão militar em torno da Ucrânia.

Há seis dias, na sua conferência de imprensa anual, o Presidente russo exigiu garantias “imediatas” de segurança aos Estados Unidos e à NATO, advertindo-os para não “empatarem” durante décadas as negociações que arrancarão em princípios de 2022 em Genebra.

A conversa acontecerá duas semanas antes das negociações entre os dois países, agendadas para 10 de janeiro, em Genebra, sobre tratados de controlo de armas nucleares e sobre a situação na fronteira russo-ucraniana, onde o Ocidente acusa Moscovo de reunir tropas para um possível ataque.

Num sinal de que as conversações de 10 de janeiro serão duras, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, já descartou quaisquer “concessões”.

Os Estados Unidos, por seu turno, já tinham avisado que alguns pedidos russos eram “inaceitáveis”.

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