Os representantes dos EUA e da China chegaram a acordo para suspender a maioria das tarifas decretadas nas últimas semanas e que levaram a taxas efetivas acima de 100% entre os dois países, aliviando a tensão que ameaçava desencadear uma guerra comercial plenamente em aberto.
Após as conversações entre representantes de alto nível de ambos os lados este fim-de-semana na Suíça, a onda de tarifas recíprocas, como descreveu Donald Trump, foi revertida, resultando em taxas de 10% sobre os bens produzidos em cada um dos países. No caso dos produtos chineses a entrarem nos EUA, a taxa de 20% associada ao combate ao fentanyl continuará em vigor.
Esta suspensão será válida por 90 dias, pelo menos nesta primeira fase do acordo.
O secretário do Tesouro norte-americano explicou os termos do acordo em conferência de imprensa, onde elogiou o resultado das discussões.
“Tivemos discussões muito produtivas e acho que o local, aqui no Lago Genebra, deu grande serenidade ao que foi um processo muito positivo”, afirmou Bessent. “Ambos os lados concordaram que ninguém queria uma separação”, acrescentou.
Em reação, os futuros dos mercados norte-americanos subiram assinalavelmente, sublinhando o ânimo dos investidores com as notícias de um primeiro passo para a normalização das relações económicas entre as duas maiores economias do mundo. Os futuros do Dow Jones apontavam para uma abertura a ganhar mais de 2%, enquanto o Nasdaq se colocava em linha para subir 3,3%.
O dólar também valorizou com as notícias, quebrando a fraqueza recente e tocando máximos de um mês, ao passo que o yuan valorizou até máximos de meio ano.
Em sentido inverso, o euro caiu para o nível mais baixo num mês, revertendo boa parte dos ganhos conseguidos com a incerteza criada pela política comercial norte-americana.
[notícia atualizada às 9h38]
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