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EUA: Fed mantém juros em máximos pela oitava reunião seguida

A expectativa do mercado já indicava uma elevada probabilidade de ficar tudo na mesma nos juros diretores da maior economia mundial, mantendo-se o foco na reunião de setembro, quando é expectável a primeira descida.
31 Julho 2024, 19h00

Pela oitava reunião consecutiva, a Reserva Federal manteve os juros de referência nos EUA em máximos de 23 anos, ou seja, entre 5,25% e 5,5%, um desfecho amplamente esperado para a reunião de política monetária de julho. O foco do mercado está colocado na reunião de setembro, quando a expectativa atual é de um primeiro corte nos juros, sobretudo face ao arrefecimento recente do mercado laboral e da inflação.

O mercado atribuía 96,9% de probabilidade a ficar tudo na mesma, um sinal claro da não-surpresa que a decisão desta quarta-feira causou. Os sinais dos representantes do banco central norte-americano haviam sido neste sentido, procurando afastar a possibilidade de cortes no imediato apesar da evolução favorável da inflação.

A inflação recuou para 3% na leitura mais recente, um mínimo desde junho de 2023, enquanto o indicador subjacente bateu mínimos de três anos com 3,3%. Ainda assim, a inflação do lado dos serviços permanece uma preocupação, apesar de ter descido a mínimos de quatro meses, com 5%.

A linguagem do comunicado da Fed parece, como esperado, abrir a porta a cortes na próxima reunião, em setembro. O progresso na luta contra a inflação elevada já não é caracterizado como “modesto”, ao contrário dos comunicados das últimas reuniões de política monetária, ao passo que o indicador de preços é agora visto como “um pouco elevado”.

Outra diferença em relação a reuniões anteriores foi a unanimidade da decisão desta quarta-feira, com todos os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, em inglês) a votarem a favor de uma manutenção do atual nível de juros. Ainda assim, o comunicado continuou a sinalizar que “não será apropriado reduzir o intervalo [dos juros] antes de haver mais confiança de que a inflação está a mover-se sustentadamente para 2%”.

[notícia atualizada às 19h14]

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