A inflação nos EUA continua a subir e atingiu máximos de 39 anos, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano. A taxa homóloga de variação do índice de preços no consumidor atingiu os 6,8% em novembro, acima das expectativas do mercado, que o Dow Jones colocava nos 6,8%, e dos 6,2% registados no mês passado.
Numa análise em cadeia, o indicador subiu 0,8%, neste que foi o nono mês consecutivo em que a taxa de inflação se situou acima do alvo de 2% definido pela Reserva Federal dos EUA. Desde junho de 1982 que os preços não subiam a um ritmo tão alto em comparação com o mesmo período do ano passado.
Excluindo a volatilidade dos bens alimentares e energéticos, o indicador registou uma variação de 4,9%, o que também supera os 4,6% verificados em outubro.
As componentes que mais contribuíram para este aumento foram as ligadas aos custos energéticos, que subiram 33,3% em novembro, depois de terem acelerado 30% no mês anterior, isto em termos homólogos. Também o mercado de viaturas usadas registou um forte aumento de preços, com uma variação de 31,4%, enquanto que os carros novos encareceram 11,1%.
Os custos com alojamento também registaram uma forte subida, aumentando 3,8%. Esta rubrica representa cerca de um terço do total do cabaz desenhado para o cálculo do índice de preços no consumidor.
Os mercados reagiram positivamente às notícias, com alguns investidores a respirarem de alívio depois de temerem que a leitura de novembro pudesse mesmo ultrapassar os 7%. Este fenómeno foi durante algum tempo classificado como transitório pelas autoridades monetárias norte-americanas, mas a persistência de estrangulamentos nas cadeias de fornecimento e de dificuldades nas redes logísticas globais têm vindo a alterar esta noção, com os dados de novembro a darem mais força à ideia de que a inflação se manterá elevada durante mais algum tempo.
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