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EUA querem extradição de Julian Assange por razões “puramente políticas”, acusam advogados

Equiparado a Katharine Gun, whistleblower da guerra do Iraque, e a Alfred Dreyfus, oficial do exército francês no século XIX, Julian Assange está a enfrentar uma acusação de conspiração por invadir um computador e 17 acusações sob a Lei da Espionagem. 
26 Fevereiro 2020, 18h44

Caso seja extraditado para os EUA, Julian Assange, fundador do Wikileaks, corre o risco de ser extraditado por razões “puramente políticas”, temem os advogados de Assange, realça o “The Guardian”

O pedido para que o julgamento aconteça nos EUA foi apresentado no terceiro dia de audiências, mas foi rapidamente afastado por ofensas políticas que constavam no tratado assinado entre os EUA e o Reino Unido.

Equiparado a Katharine Gun, whistleblower da guerra do Iraque, e a Alfred Dreyfus, oficial do exército francês no século XIX, Julian Assange está a enfrentar uma acusação de conspiração por invadir um computador e 17 acusações sob a Lei da Espionagem.

A acusação do fundador da WikiLeaks assume que o caso de Assange está abrangido pela Lei da Extradição de 2003, sendo que esta mesma lei não abre exceção relativamente a ofensas públicas. Assim, o advogado de Assange sustentou que como não se trata de um caso terrorista nem de um caso violento, “o princípio de que não se deve ser extraditado por um crime político é de aplicação praticamente universal”, apontando que tem sido assim “há mais de 100 anos”.

O advogado de Assange apontou ainda o dedo aos EUA, uma vez que o governo escreve o acordo de extradição em todos os tratados “porque não querem que os seus cidadãos sejam extraditados por razões políticas”.

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