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EUA vão pedir explicações à China sobre “práticas económicas injustas”

Num artigo publicado no jornal Washington Post, a secretária do Tesouro dos EUA explicou que vai reunir-se com o vice-primeiro-ministro chinês para discutir as “sérias preocupações sobre as práticas económicas injustas de Pequim”, incluindo o uso em larga escala de instrumentos não mercantis.
6 Novembro 2023, 16h19

Os EUA disseram hoje que vão pedir explicações à China sobre “práticas económicas injustas” numa reunião esta semana em São Francisco entre a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.

A visita de He, que terá lugar nos dias 09 e 10, foi confirmada hoje num comunicado da secretária do Tesouro que refere que a reunião ocorre “num momento de diplomacia mais intensa entre os Estados Unidos e a República Popular da China destinada a estabilizar ainda mais a economia bilateral”.

Num artigo publicado no jornal Washington Post, Yellen explicou que na reunião discutirá com He as suas “sérias preocupações sobre as práticas económicas injustas de Pequim”, incluindo o uso em larga escala de instrumentos não mercantis.

O encontro decorrerá poucos dias antes do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), no qual Yellen será a anfitriã da reunião de ministros das Finanças.

À margem deste fórum, que também se realizará em São Francisco, de 15 a 17 de novembro, está prevista uma reunião entre o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo da China, Xi Jinping.

Yellen irá participar na reunião desta semana com He para defender os pilares da estratégia de relacionamento dos EUA com a China, que estipula a necessidade de uma “concorrência económica saudável que beneficie ambas as partes”.

Os Estados Unidos comprometem-se a cooperar com a China em desafios globais, como as alterações climáticas, e nas formas como ambos os países podem trabalhar juntos.

A visita de He – que é membro do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) e diretor da Comissão Central de Assuntos Económicos e Financeiros – também foi hoje confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O Diário do Povo, a ‘voz’ do PCC, publicou um editorial na semana passada no qual, num tom conciliatório, expressava o seu desejo de que as relações entre Washington e Pequim “sejam estabilizadas e melhoradas”.

No dia 27, Biden recebeu de surpresa o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, na Casa Branca, num encontro que marcou a reunião de mais alto escalão que o Presidente norte-americano teve com uma autoridade chinesa no último ano.

Biden e Xi reuniram-se pela última vez em novembro do ano passado, durante a cimeira do G20 em Bali (Indonésia), onde concordaram em manter contactos regulares após anos de deterioração nas relações bilaterais.

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