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EUA: Yellen reforça apoio à banca e garante que serão tomadas as medidas necessárias

A secretária do Tesouro dos EUA voltou a defender a ação da Fed no caso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, garantindo que medidas do género serão tomadas quando se verificar um risco de contágio que coloque em causa a robustez da banca norte-americana.
21 Março 2023, 15h15

A secretária do Tesouro norte-americano reforçou esta terça-feira o compromisso das autoridades do país com a salvaguarda dos depósitos, numa altura em que as falências recentes de alguns bancos regionais geram alguma apreensão entre os clientes da banca.

Janet Yellen falou aos banqueiros norte-americanos esta terça-feira, procurando garantir a solidez do sistema financeiro e, sobretudo, passando uma mensagem de apoio à banca depois da falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, a segunda e terceira maiores da história dos EUA, respetivamente.

Yellen sublinhou o compromisso demonstrado pela decisão da Reserva Federal de proteger os depósitos não assegurados, ou seja, acima de 250 mil dólares. Esta ação rápida da Fed reforça a confiança dos norte-americanos, prosseguiu, sinalizando que a autoridade monetária está atenta aos desenvolvimentos do mercado e pronta para agir.

Apesar dos perigos morais criados pela resposta da Fed, que vários legisladores norte-americanos se apressaram a sublinhar, a secretária do Tesouro defendeu a estratégia da Fed foi “decisiva” para travar possíveis contágios. Noutras situações semelhantes, a palavra de ordem terá de ser a mesma.

“Não nos comprometemos com ajudas a bancos ou tipos de bancos específicos; a nossa ação era necessária para proteger o sistema bancário do país”, argumentou, projetando novas medidas do género caso “instituições de menor dimensão sofram corridas aos depósitos que criem um risco de contágio”.

Yellen havia já reconhecido a necessidade de travar possíveis ondas de choque no sistema financeiro norte-americano depois destas falências, garantindo que a Reserva Federal irá agir sempre que houver um risco sistémico.

Ainda assim, a situação é “muito diferente” da registada em 2008, quando uma crise de hipotecas se espalhou pelo sistema, acabando por contagiar a Europa e as suas dívidas soberanas e precipitando a maior crise económica e financeira em largas décadas.

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