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Europa em queda com acordo para o Brexit. Subida da Pharol e Galp travam queda do PSI

As principais praças europeias fecharam em queda com as notícias vindas do Governo de Theresa May. Lisboa fechou flat nos 4.955,7 pontos. As ações da Pharol dispararam 7,45% e as da Galp corrigiram das quedas de ontem e subiram 2,05% para 14,430 euros. Estas subidas travaram a queda do índice da bolsa de Lisboa.
Stringer/Reuters
14 Novembro 2018, 17h13

A sessão de bolsa de hoje foi marcada pela correção europeia em dia de decisões importantes para o Brexit, “que tem trazido alguma volatilidade à evolução da libra”, diz o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro. Como se sabe Theresa May chegou a acordo técnico com os negociadores da União Europeia.  A bolsa de Londres fechou a cair 0,35% como FTSE 100 a fechar nos 7.029,3 pontos.

As principais praças europeias fecharam em queda. Lisboa fechou flat nos 4.955,7 pontos. As ações da Pharol dispararam  7,45% e as da Galp corrigiram das quedas de ontem e subiram 2,05% para 14,430 euros. Estas subidas travaram a queda do índice da bolsa de Lisboa.

Nas quedas destacou-se a Sonae  que desceu -2,68% para 0,870  euros; a Corticeira Amorim que desvalorizou -1,88% para 9,380 euros; e a Mota-Engil que caiu -1,56% para 1,638 euros. O BCP também voltou a fechar em queda (-0,60% para 0,2496 euros).

Apesar do PSI 20 se ter mantido. Há mais títulos em queda do que títulos a fecharem em alta.

Na Europa as quedas dominaram. O EuroStoxx 50 desceu 0,60% para 3.205,3 pontos; o Dax cai 0,49% para 11.416 pontos; o CAC caiu 0,55% para 5.074 pontos; o italiano FTSE MIB caiu 0,74% para 19.085 pontos e o Ibex caiu 0,39% para 9.109,7 pontos.

Em termos de notícias que marcaram a sessão de bolsa na Europa destaque para Itália. O Governo italiano não alterou as projeções inscritas no Orçamento para 2019, arriscando agora uma multa da Comissão Europeia. Este braço de ferro leva os juros da dívida italiana a 10 anos a subirem, condicionando a banca italiana. Os juros a 10 anos da dívida de Itália agravam 4,4 pontos base para uma yield de 3,490% isto numa altura em que a dívida alemã a 1o anos melhora (cai) 1,1 pontos base para 0,398%, o que agrava o prémio de risco da dívida italiana (spread face à dívida alemã).

A dívida espanhola também sobe contagiada pela subida dos juros italianos. A subida é de 1,2 pontos base para 1,618%. Portugal idem, também tem os juros a subirem 1,6 pontos base para 1,964%.

A nível de notícias na Europa, e segundo o analista do BCP, temos também a contração do PIB alemão no 3º trimestre, algo que não acontecia desde 2015, podendo ser justificado pela indústria automóvel, setor que recebeu hoje notas positivas sobre a guerra tarifária. A Administração de Donal Trump não vai avançar para já com novas tarifas à importação de veículos automóveis estrangeiro depois de terem sido avaliadas as implicações para a segurança nacional.

A inflação no Reino Unido estabiliza no patamar mais baixo do ano, também é uma notícia a ter em conta. O índice de preços no consumidor mostrou uma inflação homóloga de 2,4% em outubro, num nível semelhante ao registado em setembro “e que acaba por mostrar uma estabilização no patamar mais baixo do ano”, descreve o BCP.

Nota para Portugal, que apesar do abrandamento da expansão do PIB no 3ºtrimestre, cresce acima da União Europeia (+0,3% em termos sequenciais versus +0,2% do agregado).

“Olhando para as empresas, destacamos as reações positivas da Iliad e da Alstom às contas apresentadas”, diz  Ramiro Loureiro, Analista de Mercados Millennium investment banking.

O euro sobe 0,20% para 1,1313 dólares.

Os futuros do petróleo, em Londres o Brent sobe 1,77% para 66,63 dólares e o crude WTI nos EUA sobe 1,69% para 56,63 dólares. Isto depois das fortes quedas de ontem.

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