A sessão de bolsa de hoje foi marcada pela correção europeia em dia de decisões importantes para o Brexit, “que tem trazido alguma volatilidade à evolução da libra”, diz o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro. Como se sabe Theresa May chegou a acordo técnico com os negociadores da União Europeia. A bolsa de Londres fechou a cair 0,35% como FTSE 100 a fechar nos 7.029,3 pontos.
As principais praças europeias fecharam em queda. Lisboa fechou flat nos 4.955,7 pontos. As ações da Pharol dispararam 7,45% e as da Galp corrigiram das quedas de ontem e subiram 2,05% para 14,430 euros. Estas subidas travaram a queda do índice da bolsa de Lisboa.
Nas quedas destacou-se a Sonae que desceu -2,68% para 0,870 euros; a Corticeira Amorim que desvalorizou -1,88% para 9,380 euros; e a Mota-Engil que caiu -1,56% para 1,638 euros. O BCP também voltou a fechar em queda (-0,60% para 0,2496 euros).
Apesar do PSI 20 se ter mantido. Há mais títulos em queda do que títulos a fecharem em alta.
Na Europa as quedas dominaram. O EuroStoxx 50 desceu 0,60% para 3.205,3 pontos; o Dax cai 0,49% para 11.416 pontos; o CAC caiu 0,55% para 5.074 pontos; o italiano FTSE MIB caiu 0,74% para 19.085 pontos e o Ibex caiu 0,39% para 9.109,7 pontos.
Em termos de notícias que marcaram a sessão de bolsa na Europa destaque para Itália. O Governo italiano não alterou as projeções inscritas no Orçamento para 2019, arriscando agora uma multa da Comissão Europeia. Este braço de ferro leva os juros da dívida italiana a 10 anos a subirem, condicionando a banca italiana. Os juros a 10 anos da dívida de Itália agravam 4,4 pontos base para uma yield de 3,490% isto numa altura em que a dívida alemã a 1o anos melhora (cai) 1,1 pontos base para 0,398%, o que agrava o prémio de risco da dívida italiana (spread face à dívida alemã).
A dívida espanhola também sobe contagiada pela subida dos juros italianos. A subida é de 1,2 pontos base para 1,618%. Portugal idem, também tem os juros a subirem 1,6 pontos base para 1,964%.
A nível de notícias na Europa, e segundo o analista do BCP, temos também a contração do PIB alemão no 3º trimestre, algo que não acontecia desde 2015, podendo ser justificado pela indústria automóvel, setor que recebeu hoje notas positivas sobre a guerra tarifária. A Administração de Donal Trump não vai avançar para já com novas tarifas à importação de veículos automóveis estrangeiro depois de terem sido avaliadas as implicações para a segurança nacional.
A inflação no Reino Unido estabiliza no patamar mais baixo do ano, também é uma notícia a ter em conta. O índice de preços no consumidor mostrou uma inflação homóloga de 2,4% em outubro, num nível semelhante ao registado em setembro “e que acaba por mostrar uma estabilização no patamar mais baixo do ano”, descreve o BCP.
Nota para Portugal, que apesar do abrandamento da expansão do PIB no 3ºtrimestre, cresce acima da União Europeia (+0,3% em termos sequenciais versus +0,2% do agregado).
“Olhando para as empresas, destacamos as reações positivas da Iliad e da Alstom às contas apresentadas”, diz Ramiro Loureiro, Analista de Mercados Millennium investment banking.
O euro sobe 0,20% para 1,1313 dólares.
Os futuros do petróleo, em Londres o Brent sobe 1,77% para 66,63 dólares e o crude WTI nos EUA sobe 1,69% para 56,63 dólares. Isto depois das fortes quedas de ontem.
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