Depois das ondas de calor que assolaram a Europa este verão, os cientistas estimam que o calor pode vir a ficar cada vez mais extremo com o passar dos anos. Também algumas colheitas futuras podem ser afetadas pelo extremo calor, a não ser que todos os países tomem medidas urgentes contra as alterações climáticas, indica o estudo realizado por cientistas, noticiado pela ‘Reuters’.
O estudo da Agência Ambiental da União Europeia (EEA) prevê que a Europa venha a sofrer ondas de calor extremas todos os anos, à semelhança do que aconteceu este ano em França e Espanha, onde cidadãos e turistas se refrescavam nas fontes dos países.
A agência europeia também projetou a redução da produção agrícola para metade, em todo o sul da Europa, durante as próximas décadas. O quadro que a EEA projetou mostra uma ecossistema europeu bastante frágil, que continua a ser atacado em todas as vertentes.
O estudo indica ainda que, apenas dois quintos da água doce presente na Europa vão ser ‘poupados’ ao stress causado pela poluição e exploração excessiva. O mesmo vai acontecer com a biodiversidade animal, sendo que 39% das borboletas e 9% das aves comuns já desapareceram do ecossistema desde 1990, algo que a EEA apelidou como “um grande declínio na biodiversidade”.
A agência revelou ainda que analisou um total de 35 indicadores e que apenas seis destes têm previsões de melhoria em 2020. “Precisamos de procurar soluções fundamentais”, revelou Hans Bruyninckx, diretor executivo da EEA à Reuters. “Precisamos de dobrar a tendência na próxima década”, assumiu, adiantando que se trata de “uma década crítica”.
O relatório foi apresentado depois da nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tomar posse. A nova presidente comprometeu-se em tornar a Europa no primeiro continente neutro em carbono até 2050, reduzindo ainda a perda de biodiversidade e destinou um trilião de euros para salvar a Europa das alterações climáticas.
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