Europeias: PP vence em Espanha e dois partidos de extrema-direita elegem eurodeputados

O Partido Popular (PP, direita) venceu as eleições europeias de hoje em Espanha, com 34,2% dos votos e 22 eurodeputados eleitos, enquanto os socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez alcançaram 30,18% e 20 assentos no Parlamento Europeu.

O PP, que integra o Partido Popular Europeu (PPE) na assembleia europeia, elegeu hoje mais nove eurodeputados do que em 2019, o ano das eleições anteriores, segundo dados oficiais quando estavam contados 99,9% dos votos.

Já o Partido Socialista Espanhol (PSOE) perdeu um lugar no Parlamento Europeu, onde integra o grupo dos Socialistas e Democratas (S&D).

O partido de extrema-direita Vox passou de ser a quinta força mais votada nas europeias anteriores para ser a terceira este ano, alcançando 9,62% dos votos e contribuindo com seis eurodeputados para o grupo dos Conservadores e Renovadores (ERC), o dobro dos eleitos em 2019.

A par do Vox, um novo partido também considerado populista e de extrema-direita, chamado Acabou-se a Festa e que ainda não está dentro de qualquer grupo no Parlamento Europeu, elegeu pela primeira vez: conseguiu três eurodeputados, resultado de 4,59% dos votos.

Ainda à direita, desapareceu hoje do Parlamento Europeu o Cidadãos (liberais), que tinha até agora oito eurodeputados, enquanto a coligação de partidos nacionalistas do País Basco e Canárias (CEUS) manteve o eurodeputado que já elegeu em 2019 e que integra o grupo Renovar a Europa.

À esquerda, o Somar teve 4,65% dos votos e elegeu três eurodeputados e o Podemos 3,38% e dois deputados. O Somar elegeu pela primeira vez para o Parlamento Europeu e deverá integrar, tal como o Podemos, o grupo de Esquerda (GUE/NGL).

Já coligação Agora Repúblicas (independentistas de esquerda do País Basco, Galiza e Catalunha), que forma parte do grupo dos Verdes no Parlamento Europeu, teve 4,91% dos votos e manteve os três eurodeputados que já tinha.

Por fim, o partido Juntos pela Catalunha (JxCat), do ex-presidente autonómico Carles Puigdemont e que não está inscrito em nenhum grupo do Parlamento Europeu, conseguiu 2,54% dos votos e um eurodeputado (perdeu dois).

A participação no escrutínio foi de 49,22%, menos 11,5 pontos percentuais do que em 2019, quando as eleições europeias em Espanha coincidiram com autárquicas e várias eleições regionais.

Espanha elegeu hoje 61 eurodeputados (mais sete do que em 2019).

Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior.

A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.