O cabeça de lista do Chega às eleições para o Parlamento Europeu, António Tânger Corrêa, defendeu hoje que deve ser a Ucrânia a definir “os contornos de um acordo de paz”.
“A paz será aquilo que a Ucrânia quiser, ou seja, será a Ucrânia a delinear os contornos de um acordo de paz, e não a Rússia”, defendeu António Tânger Corrêa.
O candidato do Chega falava aos jornalistas antes de uma arruada em Olhão (distrito de Faro), no dia em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visita Portugal.
“O que a Ucrânia aceitar e o que a Ucrânia decidir por nós está bem decidido e bem aceite”, indicou.
Em campanha para as eleições europeias de 09 de junho e falando aos jornalistas junto a um mercado de peixe, o cabeça de lista do Chega defendeu também a necessidade de “alterar completamente o sistema de quotas” na pesca, “alterar o regime de capturas e um maior patrulhamento das águas” nacionais.
O antigo embaixador afirmou que “Portugal tem uma das maiores plataformas continentais do mundo, uma das maiores zonas económicas exclusivas da Europa e os pescadores são pagos para não pescar”, o que considerou “absolutamente inacreditável”.
O candidato do Chega defendeu igualmente mais recursos para a Marinha, Polícia Marítima e Força Aérea “para em conjunto patrulharem as águas portuguesas”, sustentando que estas autoridades não têm sido capazes de intercetar navios estrangeiros que “pescam à vontade” nas águas portuguesas “sem qualquer contrapartida”.
André Ventura voltou a estar ao lado de Tânger Corrêa na arruada pelas ruas de Olhão. O presidente do Chega, que liderou a comitiva, foi o mais abordado pelos populares com quem se cruzou e ouviu desejos de “força, André”.
Durante a arruada, os apoiantes gritavam “Ventura vai em frente, tens aqui a tua gente” e só mais no final da arruada foi chamado o nome do candidato.
Sobre este assunto, e questionado se sente que já é mais reconhecido pelos portugueses, o cabeça de lista disse que tem tido vários momentos nesta campanha que apelidou de “momentos André Ventura”, em que cidadãos se dirigem a si na rua para o cumprimentar.
“A mim ninguém me conhecia. Nós temos que relativizar as coisas, é evidente que o André é muito mais conhecido do que eu”, considerou.
Questionado novamente sobre a sua presença em toda a campanha, André Ventura disse que, enquanto líder do partido, é ele “o responsável” pelo resultado que o Chega tiver.
“Sinto que tenho de apoiar os meus candidatos, estar ao lado deles, e sinto que devo estar na rua a dar-lhes a força popular que eles precisam para estas eleições”, disse, referindo que “as pessoas gostam” de os ver “os dois juntos” porque “mostra que há unidade no partido” e que o candidato tem o seu apoio.
Ainda no âmbito das eleições europeias, o presidente do Chega aproveitou a presença no Algarve, a “região mais fustigada pela falta de serviços de saúde”, para lamentar que o PS “apareça à frente” nas sondagens que têm sido divulgadas.
André Ventura considerou que uma visita a esta região “mostrará o fracasso que foi a liderança de Marta Temido à frente da saúde”.
“Acho inconcebível que Marta Temido não tenha vergonha e venha a estas eleições, e que os portugueses lhe possam dar essa confiança”, criticou.
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