Vítor Fernandes foi convidado para Presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento e deverá aceitar, confirmou o Jornal Económico.
A notícia que o ex-administrador do Novo Banco foi escolhido pelo Governo para chairman do Banco de Fomento foi avançada pelo Jornal Eco.
O historial de Vítor Fernandes no sector financeiro é longo. Foi administrador da Mundial Confiança durante o Grupo Champalimaud. Seguradora que chegou a presidir, como CEO.
Vítor Fernandes esteve no BCP na administração de Carlos Santos Ferreira, tendo transitado antes da administração da CGD com o então CEO. Em setembro de 2014 integra conselho de administração do Novo Banco na altura dirigido por Eduardo Stock da Cunha.
Com António Ramalho a CEO passa para administração do Novo Banco, onde se manteve até ao ano passado, tendo saído no último trimestre.
O Banco Português de Fomento nasceu em novembro de 2020 da fusão na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), da Instituição Financeira de Desenvolvimento e da PME Investimentos.
De acordo com as regras definidas, a liderança da nova estrutura passou a ser assegurada pela direção da própria SPGM até à nomeação da nova administração.
Beatriz Freitas, que tem assegurado o cargo de presidente, está nomeada para presidente executiva (CEO) do Banco Português de Fomento (BPF). No entanto, o nome vai ter de passar ainda pelo crivo do Banco do Portugal (BdP) e pode ter de passar pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), caso o Governo ache que é necessário.
O Banco do Fomento nasceu para apoiar as empresas e o Governo prevê que vá gerir um fundo de capitalização de empresas.
As medidas deste programa (PEES), anunciadas no ano passado, incluem um “fundo de capitalização de empresas, a ser gerido pelo Banco de Fomento, para participação em operações de capitalização de empresas viáveis com elevado potencial de crescimento, em setores estratégicos e com orientação para mercados externos”.
O Governo pretende ainda incentivar o “financiamento de PME [pequenas e médias empresas] no mercado de capitais, mediante um veículo especial de aquisição de dívida emitida por PME e colocação dessa dívida no mercado de capitais, através da emissão de obrigações”, e reserva um papel aqui também para o Banco de Fomento.
Apesar de poder vir a operar como banco de retalho, António Costa tem dito que a instituição “não vai concorrer com a banca comercial” e sim “canalizar as linhas de crédito” e “mecanismos de financiamento”, nomeadamente do Banco Europeu de Investimento (BEI) “tendo em vista a agilização do seu acesso às empresas, poupar mais um grau de intermediação” e “estimular a banca comercial a ser mais competitiva na oferta dos seus próprios produtos para o apoio às empresas”.
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