Jay Liebowitz, ex-diretor de Gestão do Conhecimento do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA, vai propor no ISCTE que as pequenas e médias empresas (PME) “passem a integrar a Inteligência Artificial (IA) nos seus modelos de negócios para se tornarem mais eficientes e eficazes, desenvolvendo melhores estratégias para o seu crescimento e rentabilidade”.
O especialista diz que a IA está a aproximar-se rapidamente de competências até agora vistas como exclusivamente humanas, tais como a intuição e a empatia: dentro de poucos anos, cada gestor poderá treinar a IA na sua empresa para mimetizar a sua forma de atingir os objetivos.
“A intuição é uma competência que pode ser treinada e desenvolvida. através de experiências e aprendizagem empírica, podendo os sistemas de IA reproduzir este processo de desenvolvimento. À medida que evoluem, os sistemas de IA começam a aproximar-se de formas de raciocínio típicas dos seres humanos, como a intuição, dentro de alguns anos”, defende Liebowitz.
“Trata-se de um processo rápido, holístico e emocional”, afirma o investigador.
Segundo o especialista norte-americano, tal como os seres humanos, os algoritmos também se treinam automaticamente através das conversas, de ciclos sucessivos de erro-correção, e estão permanentemente a ser alimentados com nova informação.
“Os empresários tendem a confiar mais na sua intuição para a tomada de decisões do que nos dados internos da sua empresa, por não confiarem plenamente na sua qualidade”, diz Jay Liebowitz. Mas ao incluir um algoritmo intuitivo nesse processo, estes poderão gerar novas estratégias e decisões para as empresas que estejam em linha com o pensamento do promotor, tornando as suas organizações mais eficazes e eficientes.
“O objetivo é manter o ser humano no centro da tomada de decisões, recorrendo aos sistemas de IA como complemento, em vez de substituto do juízo humano”, conclui Jay Liebowitz. Nesse sentido, o especialista propõe que se adote o termo “Intelligence Amplification” – amplificação da inteligência, em vez de inteligência artificial.
Este especialista em gestão do conhecimento estará no ISCTE a 27 de novembro para a conferência internacional “Shaping the Future of Data, Knowledge and Innovation with AI for Global Sustainable Change”, dedicada ao futuro dos dados do conhecimento e da inovação nas empresas com a Inteligência Artificial.
A conferência traz a Lisboa alguns dos melhores especialistas mundiais em IA, dados, gestão do conhecimento e sustentabilidade, reunindo académicos, líderes empresariais, decisores políticos e investigadores que são referências globais nos estudos empresariais.
A coordenadora da conferência, Florinda Matos, defende que só empresários capacitados com boas competências poderão fazer um bom uso na IA nos seus negócios, extraindo dela o potencial mais adequado a cada empresa.
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