Alan Garcia disparou sobre si pouco antes das autoridades peruanas terem-no detido por corrupção num caso ligado à construtora brasileira Odebrecht. Segundo o “El Comercio“, após três paragens cardíacas, o ex-presidente não resistiu e morreu.
Acusado de ter recebido pagamentos ilegais na campanha de 2006, a Justiça peruana ordenou a prisão preventiva de García durante dez dias. Quando a polícia chegou à casa do antigo Presidente, em Lima, este disparou sobre si.
“Este infeliz acidente aconteceu esta manhã: o presidente tomou a decisão de se matar”, cita o jornal peruano declarações do advogado de García, Erasmo Reyna aos repórteres da porta do Hospital de Emergência Casimiro Ulloa, em Lima.
Garcia foi uma das nove pessoas a envolvidas no escândalo de subornos relacionados com a Odebrecht, a empresa brasileira de construção que desencadeou o maior escândalo da América Latina quando admitiu publicamente no final de 2016 que havia conseguido contratos lucrativos.
O ex-Presidente Pedro Pablo Kuczynski, que está preso e a antiga líder da oposição Keiko Fujimori também foram alvos de investigação. Ollanta Humala e Alejandro Toledo, também ex-presidentes, foram investigados por envolvimento ilícito com a construtora. Toledo foi detido e acusado de ter recebido o equivalente a 18 milhões de euros da Odebrecht. Humala foi detido e libertado por ordem de um tribunal.
García foi Presidente do Peru por duas vezes, entre 1985 e 1990 e de 2006 a 2011.
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