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Exploração espacial: Todos os caminhos vão dar a Marte

O planeta vermelho está por estes dias cheio de trânsito: três missões – dos Estados Unidos, da China e dos Emirados Árabes Unidos – evoluem em paralelo, na tentativa de darem a perceber melhor as suas caraterísticas, até porque a NASA pretende trazer amostras recolhidas pela Perseverance de volta para a Terra. Entre o sonho humano de chegar sempre mais longe e a vontade política de comandar esse sonho, Marte é a próxima fronteira.
27 Fevereiro 2021, 17h00

O dia 12 de abril de 1961 foi, a acreditar nas notícias que circulavam à época, o pior dia da vida da National Aeronautics and Space Administration, mais conhecida pelo acrónimo NASA – criada pouco tempo antes, em julho de 1958. Nessa quarta-feira, a ciência soviética conseguia enviar para a órbita terrestre um astronauta de nome Iuri Alexeievitch Gagarin (que haveria de morrer em março de 1968 aos comandos de um ‘modesto’ avião de combate MIG 15), fazendo morder o pó da humilhação a toda a federação norte-americana.

Muitas décadas mais tarde, a 22 de maio de 2012, uma empresa privada, a Space X, fazia sair da órbita terrestre o primeiro foguetão privado a circular fora do alcance da força da gravidade do planeta Terra. É certo que o aparelho circulava nessa terça-feira sob contrato da NASA – iria abastecer a Estação Espacial Internacional (ISS) com 500 quilos de mantimentos, mas, ao menos para os puristas, não era a mesma coisa.

Entre as duas datas, a NASA cumpriu a função (uma promessa que o ex-presidente John F. Kennedy não pôde testemunhar) de colocar o primeiro homem na lua (feito que ainda hoje tem o seu próprio grupo de negacionistas), de liderar o instinto humano para vasculhar novos horizontes (esses que o ex-presidente Ramalho Eanes dizia serem os dos portugueses se a gesta dos Descobrimentos pudesse ter sido sustentada até aos nossos dias) e de manter a capacidade de o homem sonhar (que faz o mundo pular e avançar, segundo uma canção caída no esquecimento).

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