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Exportação de bens culturais aumentou 57,4 milhões de euros no último ano

Novos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que em 2017 os portugueses tiveram uma participação cultural mais ativa: museus com mais 10,6% de visitantes e cinema e espetáculos ao vivo com mais 4,6% e 3,9% de espetadores.
12 Dezembro 2018, 11h43

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, esta quarta feira, os dados finais relativamente ao setor da cultura em Portugal, “Estatísticas da Cultura – 2017” concluindo que a participação geral aumentou em 2017.

Economia no setor cultural

Em 2016, de acordo com a informação do Sistema de Contas Integradas das Empresas, o número de empresas com atividade principal no sector cultural e criativo era de 55,422 – mais 2,595 em relação ao ano anterior – as quais totalizaram um volume de negócios de 4,9 mil milhões de euros e um resultado líquido no período de 379,7 mil euros.

O valor das exportações de bens culturais aumentou para 57,4 milhões de euros, mais 33,7% do que em 2016. A tabela das importações também apresenta um acréscimo na soma total, ultrapassando 180 milhões de euros (mais 17,4% em relação a 2016), resultando num saldo deficitário da balança comercial de 123,3 milhões de euros.

Em 2017, a população empregada nas atividades culturais e criativas era de 81,3 mil pessoas, número próximo do ano anterior (81,7 mil pessoas), segundo os dados do Inquérito ao Emprego. No total, 52,0% eram homens, 57,5% e tinham entre 25 e 44 anos e cerca de dois quintos tinha como nível de escolaridade completo o ensino superior (43,9%). O emprego nestas atividades caracterizava-se por ser mais escolarizado do que o emprego do total da economia.

No geral, a despesa das Câmaras Municipais em atividades culturais e criativas foi 450,1 milhões de euros, tendo
aumentado 16,7% (mais 64,4 milhões de euros) em relação a 2016.

Cinema, jornais e museus

Segundo os dados, os museus portugueses receberam 17,2 milhões de visitantes, mais 10,6% (1,6 milhões) do que no ano anterior. Este aumento deve-se essencialmente aos turistas (mais 1,0 milhões), que tem vindo a aumentar ao longo do ano.

Apesar do preço normal de um bilhete de cinema ser 6,75 euros, as salas de cinema portuguesas somaram cerca de 15,7 milhões de espetadores, totalizando  81,7 milhões de euros em receitas de bilheteira. Ambos os valores aumentaram em relação ao ano anterior (4,6% e 5,8%, respetivamente).

Os espetáculos ao vivo contaram com 15,4 milhões de espectadores – mais 3,9% comparativamente a 2016 e 83 milhões de euros de receitas de bilheteira (menos 2,4% do que no ano anterior).

No que toca a materiais impressos, os números caíram: jornais, revistas e outras publicações periódicas perderam 20,3% de circulação total. Em 2017, os jornais representaram 36,5% do total de publicações, 77,2% do número de edições, 66,1% da tiragem total, 65,1% da circulação total e 69,0% dos exemplares vendidos.

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