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Exportação de componentes automóveis cai 21% em maio

Usando como base o ano de 2019, a associação do sector automóvel português destaca a queda das exportações de componentes automóveis, mas elogia a resiliência da indústria face às dificuldades que esta enfrenta num panorama global.
9 Julho 2021, 17h27

A exportação de componentes automóveis portugueses caiu em maio, quando comparando com igual mês de 2019, faz saber Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). A associação relembra no entanto que a situação da indústria a nível europeu é complicada e elogia a resiliência do sector português.

Os 708 milhões de euros exportados em maio de 2021 ficam 21% abaixo do registado em igual mês de há dois anos, sendo que, nos primeiros cinco meses deste ano, apenas em março foram atingidos níveis de vendas ao exterior acima do registado no período homólogo de 2019. Analisando as exportações acumuladas desde o início do ano até ao final de maio, verifica-se que o indicador ficou 4% abaixo do conseguido em 2019, com 4082 milhões de euros.

O mercado automóvel europeu, o principal destino das exportações portuguesas de componentes da indústria, também tem sofrido em 2021, verificando 33% menos de vendas desde o início do ano, ou 1,7 milhões de automóveis, do que sucedeu em 2019. Espanha continua a liderar enquanto importador da indústria automóvel nacional, tendo até registado um aumento de 7,1% do montante comprado a Portugal.

Em sentido inverso, a Alemanha, França e Reino Unido reduziram as suas compras de componentes automóveis nacionais em relação a 2019, com decréscimos de 8,9%, 20,7% e 43,2%, respetivamente.

“A situação continua muito instável e a ser muito influenciada pela situação da pandemia, pela escassez de semicondutores e componentes eletrónicos, que está a afetar atividade dos construtores de automóveis. Algumas fábricas de construção automóvel na Europa atrasaram ou tiveram mesmo que parar temporariamente a produção por falta de chips, pelo que esta situação também está a afetar, obviamente, a indústria portuguesa de componentes para automóveis dadas as paragens na produção dos seus clientes”, lê-se no comunicado da AFIA, que elogiou ainda “a boa performance da indústria portuguesa de componentes para automóveis, que, num ambiente bastante adverso, consegue aumentar a sua quota de mercado e atingir níveis próximos da pré pandemia Covid-19”.

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