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Exportações chinesas sobem menos do que esperado sob efeito da guerra comercial

As exportações da China aumentaram menos do que o esperado em maio, de acordo com estatísticas oficiais reveladas esta segunda-feira, repercutindo a diminuição do volume de mercadorias enviadas para os EUA em plena guerra comercial.
9 Junho 2025, 08h35

As exportações da China aumentaram menos do que o esperado em maio, de acordo com estatísticas oficiais reveladas esta segunda-feira, repercutindo a diminuição do volume de mercadorias enviadas para os EUA em plena guerra comercial.

De acordo com as alfândegas chinesas, as exportações aumentaram 4,8% em termos homólogos no mês passado. O valor ficou abaixo das previsões dos economistas inquiridos pela agência de notícias financeiras Bloomberg, que esperavam um crescimento de 6%.

Depois de Genebra em maio, norte-americanos e chineses iniciam hoje uma nova ronda de conversações em Londres, com o objetivo de prolongar a trégua comercial e chegar a um acordo duradouro sobre a redução das sobretaxas aduaneiras impostas reciprocamente.

As exportações chinesas para os Estados Unidos totalizaram 28,8 mil milhões de dólares (25,2 mil milhões de euros) em maio, contra 33 mil milhões de dólares (28,9 mil milhões de euros) em abril, registo equivalente a uma queda de 12,7%.

Em contrapartida, as exportações chinesas para o Vietname aumentaram ligeiramente em maio, atingindo 17,3 mil milhões de dólares (15,2 mil milhões de euros).

“A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos levou a uma queda acentuada das exportações para os EUA, mas isso foi compensado por um aumento das exportações para outros países”, escreve Zhang Zhiwei, economista da Pinpoint Asset Management, numa nota.

“As perspetivas comerciais permanecem muito incertas nesta fase” e podem surgir problemas “à medida que o efeito de antecipação se desvanece”, observou Zhang, referindo-se aos compradores estrangeiros que tinham aumentado as encomendas de produtos chineses em antecipação de possíveis aumentos das sobretaxas dos Estados Unidos.

No outro prato da balança comercial, as importações chinesas caíram 3,4% em maio, refletindo a fraca procura e as crescentes pressões comerciais sobre a segunda maior economia do mundo.

As conversações sino-americanas agendadas para hoje em Londres marcarão as segundas negociações formais entre os dois países, desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma ofensiva comercial global em abril.

Do lado norte-americano, a delegação incluirá o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer.

Tal como em Genebra, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, lidera a delegação de Pequim.

Estas discussões seguem-se a uma troca telefónica na quinta-feira entre Donald Trump e o homólogo chinês Xi Jinping, que o Presidente dos Estados Unidos descreveu como “muito positiva”.

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