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Exportações disparam 23,5% em julho à boleia de trabalhos por encomenda

O indicador disparou com transações “de transformação, construção, montagem, melhoria, renovação, modificação, conversão, com o objetivo de produzir um item novo ou realmente melhorado”, detalha o INE. Ignorando estas operações, as vendas ao exterior cresceram 8,6% em termos homólogos.
9 Setembro 2024, 11h22

As exportações nacionais deram um salto homólogo de 23,5% em julho, um disparo que inverte a tendência de queda das vendas ao exterior dos últimos meses, mas causado sobretudo por “transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda”. Descartando estas operações, as exportações registaram um aumento de 8,6% e as importações cresceram 12,1%.

O indicador até havia recuado no mês anterior, levantando algumas desconfianças quanto ao impacto da procura externa na segunda metade do ano na economia portuguesa, mas os dados do INE divulgados esta segunda-feira pintam um cenário bastante mais animador, com o trimestre fechado em julho a fechar com uma subida homóloga de 5,8% das exportações.

A subida de julho foi conseguida sobretudo através das categorias de ‘fornecimentos industriais’, que acelerou 59,5%, e de ‘combustíveis e lubrificantes’, com 58,2%. Ainda assim, o INE detalha que boa parte destas transações correspondem a trabalho por encomenda, ou seja, sem transferência de propriedade.

“O trabalho por encomenda inclui operações de transformação, construção, montagem, melhoria, renovação, modificação, conversão, com o objetivo de produzir um item novo ou realmente melhorado. Não implica necessariamente uma mudança na classificação do produto”, explica a nota do INE, acrescentando que “nestas operações não existe alteração da propriedade económica dos bens”.

Estas transações representaram 13,9% do total das exportações de julho, sendo que a categoria de ‘fornecimentos industriais’ foi a que registou um maior peso destas operações, com 32,3%. Excluindo as transações para trabalhos por encomenda, o crescimento desta categoria foi de 10,2%.

Já olhando para a balança comercial, o défice caiu para 2.085 milhões de euros, ou seja, uma descida de 168 milhões de euros em relação a igual período do ano passado. Excluindo a componente de combustíveis, o défice comercial português recuou 344 milhões para 1.414 milhões de euros.

[notícia atualizado às 11h29]

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