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Exportar: o que fazer para iniciar o processo?

A chave do processo é a AICEP. Ou seja, as empresas que pretendam exportar contam com muito ‘trabalho de casa’ já feito, tendo todo o interesse em não empreenderem sozinhas uma viagem que é por definição complexa.
  • Aly Song/Reuters
29 Outubro 2018, 13h00

As exportações são cada vez mais o horizonte das empresas que querem dar o salto para o aumento de dimensão, o aprofundamento do negócio e previsível crescimento dos lucros, mas não é nem uma opção instrumentalmente fácil nem um certificado para o sucesso. É por isso e todo o interesse que as empresas que decidam investir nas exportações – ou de forma mais alargada na internacionalização – deem os passos certos sem pressas demasiadas nem queimando etapas.

O primeiro passo deve ser a obtenção de informação oficial. É na AICEP, organismo do Estado com muito anos de experiência acumulada, que estão concentrados os conhecimentos que importa deter: caraterização dos mercados-alvo; identificação dos organismos que, a jusante e nos países de acolhimento, podem ajudar ao desenvolvimento do negócio, e apresentação de potenciais parceiros – sendo este um dos domínios mais importantes, dado que há mercados onde é de todo desaconselhável não ter um parceiro local que acompanhe os investimentos.

Numa segunda fase, a AICEP promove ainda o desenvolvimento de ações promocionais para estimular negócios, a Identificação de novas oportunidades de negócios internacionais e de projetos internacionais em curso e a seleção dos melhores eventos promocionais para as empresas.

Neste particular, a AICEP pode fornecer as entidades públicas, privadas e associativas para as quais o Estado descentralizou o apoio à internacionalização – nomeadamente no que tem a ver com a participação em feiras e eventos nos próprios mercados para onde as empresas pretendem exportar.

A participação neste tipo de eventos dedicados pode ser determinante. Desde logo porque são custos elegíveis em termos de IRC e, por outro lado, permitem diluir os valores, por vezes, elevados, da participação; mas também porque estas entidades costumam ter contactos já muito ‘oleados’ com os potenciais interessados do lado de lá, o que permite abrir portas que de outra forma permanecerão fechadas.

Os empresários têm à sua disposição um elevado número de apoio oficiais, que vão desde a atribuição de verbas para procedimentos específicos até mecanismos fiscais de suporte, que a AICEP ajuda a identificar.

Mesmo numa fase posterior em que os negócios de exportação já estejam em velocidade cruzeiro, a ligação com a AICEP é de todo de manter. Para além de servir como uma espécie de certificação à priori, aquela entidade mantém informação atualizada sobre novos investimentos, novos parceiros, novos enquadramentos legais e fiscais, etc.

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