As grandes fabricantes norte-americanas de chips semicondutores atravessam um período de grande incerteza, em função da guerra comercial travada entre os dois países nos quais se concentram os dois principais mercados do setor: Estados Unidos e China.
As tarifas recíprocas decretadas por Donald Trump entraram em vigor em abril, pouco antes de terem sido suspensas. De seguida, a administração liderada pelo próprio fez saber que smartphones e computadores ficariam de fora da guerra de tarifas.
No entanto, a Casa Branca acabaria por adicionar produtos da Nvidia e AMD a uma lista de artigos restritos no que diz respeito a exportações para o mercado chinês. Este pode valer 50 mil milhões de dólares dentro de dois a três anos, disse o CEO da Nvidia, Jensen Huang, de acordo com o qual não aproveitar aquele fator seria “uma perda tremenda”.
Várias gigantes dos chips já deram conta do clima de incerteza
Olhando a outros players do setor, a AMD anunciou na terça-feira que antevê menos 1,5 mil milhões de dólares em faturação no exercício fiscal de 2025, apesar de superar as expetativas que existiam no que diz respeito ao primeiro trimestre.
No mesmo dia, a Super Micro indicou que as tarifas comerciais e a incerteza macroeconómica levam a que a tecnológica não divulgue estimativas para o ano fiscal de 2026 enquanto não houverem mais certezas sobre a matéria. Ainda na terça-feira, a Marvell adiou o seu evento “dia do investidor” para uma data ainda não definida em 2026. Neste contexto, as capitalizações de mercado das duas companhias, cotadas em Wall Street, estão a cair 5% e 8%, respetivamente.
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