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Fação do CDS critica escolha de candidatos para regiões de onde não são naturais

A corrente de opinião interna do CDS critica ainda a escolha dos “amigos de sempre” face à “repetição dos mesmos nomes que se perpetuam na Assembleia da República e que estão próximos da atual direção do partido”.
8 Abril 2019, 14h18

O Movimento CDSXXI considera “reprovável” a escolha de candidatos para integrarem a lista do partido para as eleições legislativas por regiões de onde não são naturais. A corrente de opinião interna do CDS critica ainda a escolha dos “amigos de sempre” face à “repetição dos mesmos nomes que se perpetuam na Assembleia da República e que estão próximos da atual direção do partido”.

Num comunicado enviado ao Jornal Económico, a fação democrata-cristã indica que a lista proposta apresentada pela líder centrista, Assunção Cristas, no conselho nacional de sexta-feira, para concorrer às eleições legislativas de outubro deveria “indicar candidatos pelas regiões de onde são naturais, mais uma vez [a ideia] não foi considerada pela atual direção”.

Telmo Correia é um dos casos que o Movimento CDSXXI dá como exemplo, notando o deputado é natural de Lisboa, mas pode vir a ser eleito por círculo de Braga. O mesmo acontece com o militante Filipe Anacoreta Correia, que é natural de Coimbra e proposto por Viana do Castelo. O Movimento CDSXXI diz ainda que “não se compreende” que o cabeça de lista não seja um candidato oriundo de Braga, “distrito que se pautou sempre por representantes de grande qualidade como o Dr. Nogueira de Brito e o Dr. Manuel Monteiro”.

O movimento fala em “situações inexplicáveis e reprováveis” e sublinha que “as pequenas regiões foram mais uma vez desprezadas em benefício de Lisboa, que mantém predominância sobre o resto do país”.

“Em face da repetição dos mesmos nomes que se perpetuam na Assembleia da República e que estão próximos da atual direção do partido, não se conseguiu dar o exemplo de isenção na indicação dos candidatos, passando a ideia de conveniência e de que foram escolhidos os ‘amigos’ de sempre”, nota esta fação que pretende afirmar o CDS como alternativa política, fazendo regressar o partido à sua matriz centrista e democrata cristã, inspirada no pensamento de Adelino Amaro da Costa.

O Movimento CDSXXI considera ainda que a entrada nas listas do presidente da Juventude Popular é “de elogiar”. “Tem exercido com qualidade o seu mandato, além de que as únicas duas moções que defenderam no último congresso a urgência da JP ter representação parlamentar foram as do CDSXXI e da própria JP”, sublinham.

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