O presidente-executivo do grupo EDP avisou hoje que é preciso avançar com mais rede elétrica em Portugal, caso contrário não avançam os novos projetos ligados à transição energética.
“Sem mais redes elétricas, não há transição energética”, disse hoje Miguel Stilwell d’Andrade. A “dificuldade em ter acesso à rede está a criar incerteza na viabilidade de projetos”, afirmou o líder do grupo EDP que detém a E-Redes, empresa nacional de distribuição de eletricidade, isto é, a companhia que transporta a eletricidade das subestações até lares e empresas.
Entre o caderno de encargos enumerado pelo gestor como sendo necessário à transição energética em Portugal, destacou a “criação de condições para que os projetos tenham acesso à rede elétrica”, incluindo procedimentos simplificados, defendendo também tempos mais curtos de licenciamento para projetos de energias renováveis.
O gestor adiantou que a companhia conta com projetos de investimento na ordem dos 3 mil milhões de euros, para reforçar as redes de baixa, média e alta tensão, via E-Redes.
“Estamos comprometidos com Portugal com mais renováveis, mais flexibilidade, mais redes e mais hidrogénio”, afirmou.
As declarações tiveram lugar no evento que marcou a produção da primeira molécula de hidrogénio pela EDP na Europa. O evento teve lugar na central termoelétrica do Ribatejo, no Carregado, distrito de Lisboa. O projeto tem o nome de FLEXnCONFU, contando com um eletrolisador de 1,25 MW PEM da Cummins.
Pela sua parte, a ministra do Ambiente disse hoje que o Governo está a “trabalhar” nos “procedimentos para ligação à rede e a simplificação dp licenciamento ambiental, segundo Maria da Graça Carvalho.
O primeiro projeto de hidrogénio da companhia na central de Pecém, no Brasil, que entrou em operação em dezembto de 2022, um eletrolisador de 1,25 MW PEM da Plug Power, com uma central solar de 3 MW
A companhia adianta que estão em desenvolvimento 500 MW de projetos em desenvolvimento com apoios europeus e nacionais, com mais de mil milhões de euros de investimento total necessário, excluindo as renováveis. Os projetos mais avançados na Ibéria contam com uma potência de 100-150 MW.
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