A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser uma revolução e passou a ser a evolução natural do mundo tecnológico. Esta é, pelo menos, a conclusão dos presidentes do Crédito Agrícola, Santander e BPI no Fórum Banca 2024 promovido pelo Jornal Económico e PwC.
No painel “Inteligência artificial: revolução ou evolução?”, Licinio Pina, presidente do Conselho de Administração Executivo (CAE) do Crédito Agrícola, admite que a IA será “a continuidade de toda evolução que tem sido feita ao longo dos anos”, lembrando o tempo do fax e da criação do telemóvel, quando era transportado numa mala.
“A tecnologia tem vindo a melhorar e quem a melhora? Os humanos. Pensamos que a IA vai substituir o pensamento humano, mas estamos enganados”, sustentou Licínio Pina ao lado de João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI e Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.
O presidente do CAE do Crédito Agrícola sustenta que a IA apresenta desafios e oportunidades ao sector bancário. “Existem desafios éticos, em que a IA não pode prejudicar do banco e colocar em colocar em causa a sua avaliação, e também da proteção de dados, em que a IA tem de ser enquadrada para proteger os milhares de dados dos clientes”
“A IA vai beneficiar negócio, mas a IA não vai substituir negócio. Vai ser o negócio a definir o que a IA vai melhorar para os clientes”, disse em palco. “É surpreendente o que o homem conseguiu criar”.
Licínio Pina lembra ainda o leque de clientes do Crédito Agrícola. “Temos uma faixa de clientes que vive no meio rural, que não tem qualquer conhecimento de tecnologia, a tecnologia deles ainda é a caderneta”. “Outro desafio é como vamos conviver com sociedade muito evoluída tecnologicamente e com pessoas cuja tecnologia não tem qualquer interesse?”, atirou.
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