Apesar do aumento e qualificação do stock nos últimos anos, faltam atualmente 46 mil camas para estudantes para fazer face à procura nas cidades de Lisboa (30 mil) e Porto (16 mil), de acordo com os dados do estudo “Student Housing Portugal” da consultora imobiliária JLL.
Segundo o estudo, existem atualmente 9.200 camas integradas em residências universitárias privadas em Portugal, um número que poderá chegar às 17 mil camas até 2026, já contabilizando as 7.800 camas que se encontram em pipeline.
No caso de Lisboa, o total de camas apenas cobre 17% da comunidade de estudantes deslocados, uma percentagem que subirá somente para os 18%, tendo em conta o o pipeline projetado. Em relação ao Porto, o stock disponível dá resposta a 27% dos alunos, sendo que até 2026 poderá aumentar para 32%.
No que diz respeito aos preços, a cidade de Lisboa é quem pratica os valores mais elevados, com uma média mensal nas residências universitárias privadas a rondar os 770 euros, mais 200 euros do que os 570 euros que se praticam no Porto. Contudo, os preços podem variar entre os 330 euros e os 1.440 euros no caso de Lisboa e entre os 330 euros e os 842 euros no Porto.
Joana Fonseca, Head of Strategic Consultancy & Research da JLL, refere que “o número de estudantes universitários não só cresceu muito nos últimos anos como é consideravelmente superior à oferta existente. Atualmente, estamos a contrastar quase 450 mil alunos no ensino superior com um stock inferior a 10 mil camas em residências universitárias privadas”.
Por sua vez, André Vaz, Head of Living & Alternative Investment, Capital Markets, da JLL, afirma que “além do desequilíbrio entre a oferta e a procura, e, por isso, do enorme potencial de crescimento que apresenta, este é um sector com indicadores de desempenho muito atrativos, incluindo as taxas de ocupação e reacomodação, mensalidades e tempos de ocupação”.
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