A tentativa da Paramount Skydance em comprar a Warner Bros Discovery deve ter o apoio da família Ellison, em concreto do presidente da Oracle, Larry Ellison [que passou a ser o mais rico do mundo depois do disparo da Oracle em bolsa devido às perspetivas de crescimento na inteligência artificial], e do seu filho o CEO da Skydance, David Ellison, avançou o Wall Street Journal na quinta-feira.
Isto surge, descreve a agência noticiosa Reuters, depois da Skydance ter adquirido a Paramount por 8,4 mil milhões de dólares (7,1 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), em agosto, trazendo para a mesma entidade marcas como a DC Comics, Spongebob, Matrix, Star Trek, CBS News, CNN, South Park, Tartarugas Ninja, Top Gun.
A possibilidade de fusão entre as duas empresas causou também alterações significativas no preço das ações. Desde quinta-feira, a Warner Bros valorizou 49% enquanto que a Paramount subiu 26%.
Na sequência da aquisição da Paramount, a Skydance pretende, até início de novembro, cortar entre dois a três mil postos de emprego. As mudanças que devem ocorrer, após fusões, devem levar a um poupança de custos na ordem dos dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros), salienta a Variety.
A fusão [entre Paramount Skydance e Warner Bros Discovery], caso avance, aconteceria numa altura em que também a Warner Bros Discovery está num processo de restruturação. A intenção passa por partir a empresa em duas, anulando a fusão ocorrida em 2022. De um lado ficaria a Warner Bros (que teria os estúdios e a parte do stream) e a Discovery (que teria as estações televisivas, o Discovery +, e outros), salienta a Variety. Esta divisão está prevista acontecer em meados de 2026.
De acordo com a Variety a fusão, caso se concretize, entre Warner Bros Discovery e Paramount Skydance, envolveria um negócio avaliado em 70 mil milhões de dólares (59,6 mil milhões de euros).
O Wall Street Journal referiu que a Skydance tem a intenção de adquirir todos os ativos da Warner Bros Discovery, onde se inclui o estúdio de cinema Warner Bros, a HBO, e a CNN.
A Reuters salienta que, caso o negócio se concretize, permitiria ainda juntar os serviços de stream da HBO e da Paramount, num setor que já conta com a presença entre outros da Netflix, Apple, Amazon, e Disney.
A agência noticiosa diz ainda que caso o negócio avance, poderá enfrentar problemas regulatórios. Um advogado especialista nesta área, Andre Barlow, citado pela Reuters, disse que o Departamento de Justiça norte-americano “iria querer investigar se a fusão pode levar a um aumento de preços para os consumidores, à redução do poder negocial dos criadores e à diminuição da diversidade de conteúdos”.
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