A Farfetch adquiriu uma participação minoritária na plataforma online The Modist, especializada em roupa ‘vulgar’ e não em vestuário de luxo, ao contrário do que tem sido a sua prática. A transação, cujo montante não é conhecido, também envolveu a entrada da Annabel Investing Holding, braço de investimentos de Nicola Bulgari, vice-presidente do grupo de joalheria Bulgari, segundo avança a agência Reuters.
A The Modist tem escritórios no Dubai e nos Estados Unidos e comercializa produtos de mais de 180 marcas em 120 países, tendo também a sua própria marca, a Layeur. O grupo nasceu há dois anos pela mão da empresária Ghizlan Guenez, de origem argelina.
Este é o segundo investimento da Farfetch em apenas quatro meses. Em dezembro passado, o grupo adquiriu a Stadium Goods, produtora de calçado, por cerca de 220 milhões de euros. Recorde-se que a empresa luso-britânica fechou o último exercício com resultados negativos de 181,5 milhões de euros, mas com a faturação a dar um salto de 56%, para os 703 milhões de euros.
De acordo com as mais recentes análises do mercado, os consumidores muçulmanos, principais clientes da The Modist, estão a aumentar os seus gastos no segmento da moda e do vestuário.
As empresas do setor já estão a avançar sobre este potencial do segmento e começaram a expandir as suas coleções com ofertas específicas. Um dos exemplos é o da Nike, que introduziu a linha Pro Hijab para os atletas muçulmanos. A DKNY, Tommy Hilfiger, Oscar de la Renta, Monique Lhuillier, Zara, Mango, Uniqlo e H&M são outras das marcas que têm lançado no mercado coleções específicas para os países e os consumidores muçulmanos.
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