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Farmacêutica Emprofac é abastecida em 75% por fornecedores externos

O presidente do conselho da administração da empresa cabo-verdiana afirma que a Emprofac trabalha com 8 mil tipos de medicamentos. Portugal e Brasil são os maiores fornecedores.
13 Dezembro 2019, 09h50

O presidente do conselho da administração da Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos (Emprofac), de Cabo Verde, disse esta quinta-feira que a organização é abastecida em 75% por medicamentos de fornecedores exteriores e em 25 % pelo laboratório da Inpharma.

Gil Évora falava à impressa, à margem do encontro anual da Emprofac com os responsáveis das farmácias do Barlavento, em São Vicente. Segundo o responsável, a Emprofac trabalha com 8 mil tipos de medicamentos, mas a maior parte deles chega do exterior, sobretudo de Portugal, que é o principal fornecedor, e do Brasil.

https://jornaleconomico.pt/noticias/empresa-portuguesa-admite-participar-na-privatizacao-da-emprofac-309076

Neste momento, conforme Gil Évora, a empresa continua a gerir a rutura de ‘stock’ de medicamentos, principalmente os anti-hipertensivos, com um plano de mitigação criado no segundo semestre de 2019. A rutura de ‘stock’ que afetou Cabo Verde, explicou, deveu-se a problemas de abastecimento e de escassez da matéria-prima na Europa que fez com que as agências reguladoras impediram a exportação, o que acabou por afetar Cabo Verde.

“Uma das mediadas que tomamos no plano de mitigação foi diversificar os fornecedores e olhamos mais para o mercado brasileiro, para o senegalês, para os mercados marroquino, italiano e o belga,” revelou o administrador.

Conforme a mesma fonte, a Emprofac pediu permissão à Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS) para introduzir medicamentos em línguas italiana, francesa e inglesa e fez a tradução dos respetivos folhetos informativos para abastecer o mercado e cumprir o regulamento nacional.

Em relação a falta de medicamentos, sobretudo, nos períodos em que há maior incidência da virose, Gil Évora explicou que o que acontece é que por causa das viroses o ‘stock’ reservado para três meses pode durar apenas um mês porque há mais procura.

Desta forma, acrescentou, há necessidade de se fazer a reposição que “implica pedir ao Inhparma para fabricar rapidamente esses medicamentes” ou “pedir aos fornecedores do exterior” para enviar o remédio, que às vezes “dura uma semana para chegar, por causa de algum atraso nos transportes.”

“Quando entramos na empresa ela tinha alguns problemas de comunicação com os seus clientes e procuramos abrir um canal de diálogo com os hospitais com as farmácias e os centros de saúde e achamos que as coisas correram bem,” analisou o ‘chairman’ Gil Évora. O mesmo disse que espera que se mantém a relação da empresa com os clientes após a privatização da Emprofac, prevista para ser concluída “em junho ou julho de 2020.”

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