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Faturação da Bordallo Pinheiro vai ultrapassar 10 milhões de euros com nova fábrica

“Temos uma estratégia também ao nível do reforço do posicionamento da marca, de abrirmos ‘flagships stores’ em alguns países onde não estamos ainda presentes. Queremos abrir uma ‘flagship store’ em Londres, Nova Iorque, Pequim”, disse o ‘chairman’ da Vista Alegre, Nuno Marques, em entrevista à Lusa.
3 Abril 2019, 08h24

O ‘chairman’ da Vista Alegre, Nuno Marques, disse, em entrevista à Lusa, que a nova capacidade produtiva da fábrica Bordallo Pinheiro vai permitir que esta “ultrapasse os 10 milhões de euros de volume de negócios”. Sem adiantar um horizonte temporal, o presidente do Conselho de Administração do grupo afirmou que tal será uma evolução natural. No ano passado, a faturação da Bordallo Pinheiro foi de cerca de seis milhões de euros.

“É uma empresa que quando foi adquirida pelo grupo Visabeira também estava, à imagem da Vista Alegre, num estado de dificuldades económicas muito acentuadas. Foi totalmente recuperada e hoje acaba por ser uma marca de culto”, sendo que “a nível internacional tem tido também um crescimento da sua notoriedade muito interessante”, afirmou.

“Também aí o reposicionamento da marca foi importante, mais direcionado para mais a área ‘gift'”, ou seja, peças em prendas, adiantou. “Temos tido limitações do ponto de vista produtivo porque não tínhamos capacidade produtiva para fazer toda a entrada de encomendas que tínhamos até ao fim do ano passado”, salientou, acrescentando que a Bordallo Pinheiro foi uma das fábricas que foi alvo de investimento do grupo. “A nova fábrica vai ser inaugurada no dia 10 de abril”, revelou Nuno Marques.

“E isso é o culminar da estratégia de toda a recuperação da Bordallo Pinheiro. Agora, a perspetiva é continuar a crescer, crescer muito no mercado internacional” e a marca “está felizmente, também, no bom caminho”, considerou.

As vendas da Bordallo Pinheiro, de acordo com o ‘chairman’, estão a crescer nos mercados europeus, nomeadamente França e Espanha, e começaram a ser introduzido produtos da marca nos Estados Unidos.

Sobre a entrada em novos mercados, a estratégia do grupo Vista Alegre passa por “consolidar” a presença onde a marca já está. “Temos uma estratégia também ao nível do reforço do posicionamento da marca, de abrirmos ‘flagships stores’ em alguns países onde não estamos ainda presentes. Queremos abrir uma ‘flagship store’ em Londres, Nova Iorque, Pequim”, disse. “Serão cerca de cinco, seis nos próximos quatro, cinco anos e estão a ser feitas de acordo com a estratégia de posicionamento da marca a nível internacional”, avançou.

Em 2018, a Vista Alegre realizou investimentos no montante de 29,5 milhões de euros, essencialmente no segmento do grés mesa (alargamento da fábrica da Ria Stone) e cristal/vidro (projeto CristalLux).

De acordo com Nuno Marques, o investimento este ano será sensivelmente metade do valor em 2018. Ainda sobre os investimentos, o gestor disse que no ano passado o grupo apostou no aumento da capacidade produtiva e que em 2019 os investimentos serão feitos numa ótica de eficiência operacional e energética.

A Vista Alegre vai introduzir ainda neste semestre uma ‘digital printing’ (máquina de impressão digital) na unidade que produz para a Ikea.

O grupo exporta para 82 mercados e tem presença física em 11.

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