A FCC lidera o consórcio que foi escolhido para executar as obras da nova linha de metro do Porto, denominada Rubi. Na ausência de a adjudicação ser formalizada depois de concluídos todos os procedimentos, o grupo liderado por Pablo Colio reforça em Portugal com um contrato cujo valor se aproxima dos 400 milhões de euros, revela o jornal espanhol “el Economista”.
A FCC, através das suas subsidiárias de construção e manutenção de infraestruturas Convensa, associou-se à empresa portuguesa Alberto Couto Alves para este projeto. Segundo fontes citadas pelo jornal, este consórcio foi imposto, à custa da formalização do contrato, ao integrado pela Casais, Conduril, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro e Somafel. O conselho de administração da Metro do Porto vai tomar a decisão de atribuição nas próximas semanas. O grupo espanhol não quis comentar o assunto.
A nova linha Rubi, que ligará a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, via Campo Alegre, Arrábida e Devesas, acrescentará 6,3 km à rede de metro da cidade. O projeto inclui oito novas estações (Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas, Soares dos Reis e Santo Ovídio), dois túneis e uma nova ponte sobre o rio Douro (entre as zonas de Massarelos/Campo Alegre e Arrábida). A infraestrutura para a futura ligação com as linhas ferroviárias de alta velocidade também será executada em Santo Ovídio.
As obras estender-se-ão por pouco mais de três anos, para que a nova infraestrutura entre em operação em 2026. O valor de referência do concurso é de 370 milhões de euros, embora o investimento global, totalmente financiado pelo PRR da União Europeia, ascenda a 435 milhões. Segundo estimativas da Metro do Porto, a linha trará um benefício social, económico e ambiental de 1,7 mil milhões de euros.
A perspetiva da Metro do Porto é que as obras possam começar antes do final deste ano e se prolonguem mais de três anos, para que a nova infraestrutura esteja operacional em 2026.
Com esta empreitada, a FCC vai reforçar a sua presença em Portugal, onde no ano passado iniciou os trabalhos de modernização do troço ferroviário da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. Nos últimos anos, o grupo tem levado a cabo outros projetos, como a reabilitação e modernização de um troço de 46 km da linha ferroviária da Beira Baixa, entre as cidades da Covilhã e da Guarda.
A FCC empreendeu este ano a absorção da sua subsidiária portuguesa Ramalho Rosa Cobetar (RCC) para promover o desenvolvimento da marca FCC Construction em Portugal. A empresa, à semelhança de outras construtoras espanholas, acompanha o projeto de alta velocidade que vai ligar Lisboa e Porto numa primeira fase, um plano que prevê um investimento de 11 mil milhões de euros.
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