Um documento divulgado esta quarta-feira pelo banco central norte-americano mostra que alguns dos seus membros – uma espécie de governadores por Estado – expressaram desacordo face ao corte de 50 pontos-base nas taxas de juros. As atas dos encontros da Reserva Federal indicam que alguns dos seus membros teriam preferido e apoiado uma redução de 25 pontos-base. O argumento para um corte mais moderado era que este estaria em linha com o caminho gradual de normalização da política monetária, o que daria tempo para avaliar com maior precisão a evolução das mexidas nas taxas.
O documento permite ainda aferir-se que há membros da Fed que não têm certeza de que a inflação esteja a caminho de atingir a meta de 2%. “Quase todos os participantes expressaram mais convicção de que a inflação está a mover-se de forma sustentável para os 2%” – isto é, ainda tem caminho para fazer até lá chegar. Por outro lado, mas no mesmo sentido, foram manifestadas dúvidas perante a indicação de que os objetivos para a inflação e para a taxa de desemprego estejam equilibrados.
Embora as atas da Fed tenham indicado que uma “maioria substancial” dos seus membros apoiou o corte de 50 pontos-base, alguns ‘traders’ leram nas entrelinhas que havia uma oposição mais vigorosa a essa redução do que o esperado. Isso levou a concluir que o banco central poderia manter o preço do dinheiro no nível atual.
De qualquer modo – e para lá de todas as análises ‘políticas’ que possam ser feitas – a descida das taxas diretoras era esperada e pedida pelos operadores da economia, pelo que foi amplamente aplaudida, tanto nos Estados Unidos como na Europa.
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