[weglot_switcher]

Fed: Powell mantém prudência, mas admite possibilidade de novos cortes este ano

O presidente da Fed reconheceu que “uma maioria silenciosa dos membros do Comité de Mercado Aberto projetam que seja apropriado voltar a reduzir taxas este ano”, embora não apontando qualquer data para tal.
Policy panel at the ECB Forum on Central Banking in Sintra, Portugal, 1 July 2025. Speakers: Andrew Bailey, Governor, Bank of England; Christine Lagarde, President, European Central Bank; Jerome Powell, Chair, Board of Governors of the Federal Reserve System; Chang Yong Rhee, Governor, Bank of Korea; Kazuo Ueda, Governor, Bank of Japan. Moderator: Francine Lacqua, Anchor and Editor-at-large, Bloomberg Television.
1 Julho 2025, 15h51

Sem se comprometer com quaisquer decisões da Reserva Federal no resto do ano, o presidente do banco central norte-americano reconheceu que a probabilidade de voltar a cortar juros existe e é defendida por vários membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC), isto apesar da incerteza agravada pela política comercial de Trump.

Jerome Powell aproveitou o painel do Fórum do BCE que o juntou com os líderes de outros quatro bancos centrais ocidentais (UE, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul) para defender que a Fed tinha tomado a decisão certa ao aguardar por mais clareza nas perspetivas económicas após o anúncio de tarifas generalizadas da Casa Branca, embora admitindo que boa parte do FOMC prevê regressar aos cortes este ano.

“Uma maioria silenciosa dos membros do FOMC projetam que seja apropriado voltar a reduzir taxas este ano. Vai depender dos dados que surgirem e também do mercado laboral”, afirmou, lembrando o mandato duplo da Fed, abrangendo o emprego além da estabilidade de preços.

Ainda assim, não há quaisquer sinais sobre o possível timing desta mexida – ao invés, irá “depender dos dados”.

“Não posso tirar nenhuma data das possibilidades nem apontar diretamente nenhuma data” para voltar a cortar juros, resumiu.

A ajudar, “a economia norte-americana está numa boa posição”, com a inflação a comportar-se como a autoridade monetária havia previsto, embora haja a expectativa de “leituras mais altas durante o verão”. Por outro lado, a projeção passa também por uma desaceleração da economia, embora tal ainda não seja visível.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.