[weglot_switcher]

Feira do Livro do Porto apela ao “coração solar” de todos os visitantes

Até 8 de setembro, a celebração da palavra, este ano dedicada ao “poeta da luz”, Eugénio de Andrade, vai continuar a inundar os Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.
29 Agosto 2024, 19h17

Nesta altura do ano, os Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, acolhem a Feira do Livro, que este ano celebra Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, poeta que manteve sempre uma postura de independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra coexistiu ao longo de mais de 50 anos de atividade poética.

Revelou-se em 1948, com “As Mãos e os Frutos”, e, em 10 de maio de 2001, por ocasião do “Carrefour des Littératures”, realizado na Universidade de Bordéus, em França, foi considerado um dos mais importantes escritores do século XX.

Assim sendo, está convocado o “coração solar”, para acompanhar todos os visitantes e participantes na 11.ª edição da Feira do Livro do Porto, a decorrer até dia 8 de setembro. Entre sessões especiais, apresentação de livros, conversas e concertos, sem esquecer as atividades dirigidas ao público  infantojuvenil, ficam aqui alguns destaques.

Sessões especiais

  • 2 de setembro (segunda-feira), 18h00 | “O Tempo Avança por Sílabas”

Uma proposta que parte de um poema de João Luís Barreto Guimarães, criada para uma atriz, em que a palavra é “servida” de forma simples, valorizando o banal e o quotidiano. Com encenação de Isabel Barros e interpretação de Paula Abrunhosa.

  • 5 de setembro (quinta-feira), 22h00 | Quintas de Leitura: “Nos teus Dedos Nasceram Horizontes”

Um serão poético iluminado pela palavra cristalina de Eugénio de Andrade. Com introito de Pedro Mexia e leituras de Ana Zanatti, António Durães, Francisca Bartilotti e Emília Silvestre.

  • 6 de setembro (sexta-feira), 17h00 | “Descobrir Terreno”, com José Luís Peixoto

O conceituado escritor reflete, na companhia de Marta Pais Oliveira (moderação) e Daniela Dias Carvalho (leituras), sobre ir e voltar, escrever durante e depois da viagem.

Apresentação de livros

  • 30 de agosto (sexta-feira), 15h00 | Apresentação do livro “Falar Piano e Tocar Francês”, de Martim Sousa Tavares

O maestro baseia-se na sua experiência enquanto artista e comunicador para propor uma reflexão sobre o modo como nos relacionamos com a arte nas suas múltiplas expressões.

  • 6 de setembro (sexta-feira), 15h00 | Apresentação do livro “As Trapezistas”, de Ana Zanatti

No primeiro livro de poemas de uma das mais reconhecidas e multifacetadas artistas da contemporaneidade, o leitor é desafiado a habilitar a sua sensibilidade poética através de gestos experientes e ousados.

Conversas

Um convite a “mestres da palavra”, falada, escrita ou cantada, divididos em ciclos impulsionados por versos de Eugénio de Andrade:

  • 30 de agosto (sexta-feira), 18h00 | Conversa “Toda a poesia é luminosa, até a mais escura”, com Capicua
  • 8 de setembro (domingo), 16h30 | Conversa “A poesia não vai à missa”, com Pilar del Río
  • 8 de setembro (domingo), 18h00 | Conversa “É urgente o amor”, com António Zambujo

Concertos

  • 30 de agosto (sexta-feira), 18h00 | Ciclo “É a música, este romper do escuro”, com EU.CLIDES
  • 5 de setembro (quinta-feira), 19h00 | Ciclo “É a música, este romper do escuro”, com Milhanas
  • 6 de setembro (sexta-feira), 21h00 | Ciclo “Sem música, a vida seria um erro”, com Frankie Chavez

Público infantojuvenil

  • 31 de agosto (sábado) | “Curso de Escrita e Imaginação para Jovens”, com Gonçalo M. Tavares

O renomado autor acompanha adolescentes a partir dos 12 anos na realização de exercícios sobre a imaginação, a partir dos livros O Senhor Valéry e O Senhor Calvino.

  • 2 a 6 de setembro (segunda a sexta-feira), 14h30 – 17h30 | “Eugénio em Filme: Laboratório de Cinema de Animação”

A Anilupa lança um desafio aos futuros cineastas: desenvolver um pequeno filme de carácter experimental, construindo uma narrativa que vá ao encontro do imaginário de Eugénio de Andrade.

  • 1 e 8 de setembro (domingo), 17h00 | “Os Gatos Vagueiam pelos Poemas de Eugénio de Andrade”, com o Teatro e Marionetas de Mandrágora 

Um espetáculo deambulante que torna gigante este felino que nos seduz – e que, à semelhança de tantos outros poetas, Eugénio de Andrade observava atentamente.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.